Influência de diferentes intensidades de treinamento aeróbio com sessões isocalóricas sobre a composição corporal, capacidade cardiorrespiratória e reatividade microvascular de ratos eutróficos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Paes, Lorena da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12782
Resumo: Há evidências de que exercícios aeróbios de alta intensidade seriam mais efetivos para melhorar indicadores cardiovasculares e metabólicos. No entanto, estudos prévios comparando o efeito do treinamento com diferentes intensidades não controlararam o volume das sessões de exercício através do gasto calórico, permanecendo indefinido o papel relativo de sua intensidade e volume. Este estudo investigou a influência de diferentes intensidades de treinamento aeróbio isocalórico sobre a massa corporal, capacidade cardiorrespiratória e reatividade microvascular em ratos eutróficos. Ratos machos Wistar (n=30) foram subdivididos em três grupos: controle sedentário (SED); treinamento de alta intensidade (ALT); e moderada intensidade (MOD). Os grupos MOD e ALT treinaram em esteira rolante por 4 semanas, com velocidade de corrida correspondendo, respectivamente, a 50% e 80% do consumo máximo de oxigênio de reserva (VO2R). A duração das sessões foi controlada pelo dispêndio energético, revelando-se igual nos dois grupos (MOD=3,4±0,3 kcal e ALT=3,2±0,3 kcal; P =0,61). Ao final da intervenção os grupos realizaram avaliação da composição corporal (DEXA), aptidão cardiorrespiratória (VO2 máx), e reatividade microvascular (vasodilatação endotélio-dependente e independente observada por microscopia intravital). Em comparação a SED, apenas ALT apresentou menor massa gorda (ALT=101,2±3 g e SED=124,8±2 g; P=0,01) e percentual de gordura (ALT=29,8±1% e SED=35,5±1%; P=0,03). O VO2 máx teve melhora em ambos os grupos exercitados vs. SED (P<0,01), mas o incremento foi maior em ALT que em MOD (P=0,0002) (∆ SED= -3,7±3,0 ml.kg-1.min-1; ∆ ALT= 4,9±2,0 ml.kg-1.min-1; ∆ MOD= 2,5±3,0 ml.kg-1.min-1). Os grupos MOD e ALT exibiram melhora na vasodilatação endotélio-dependente máxima (10-4) em resposta à ACh (MOD=21,5% e ALT=20,8%) em comparação a SED (P<0,05), mas não diferiram entre si (P=0,73). Na vasodilatação endotélio-independente máxima, induzida por SNP (10-4), somente o grupo ALT apresentou aumento significativo (MOD=10,7% e ALT=23,2%) em comparação ao grupo SED (P<0,05), mas não diferiu de MOD (p=0,67). Sessões isocalóricas de treinamento aeróbio realizadas com maior intensidade têm maior efeito sobre a adiposidade e capacidade cardiorrespiratória de ratos eutróficos. Entretanto, a função endotelial melhorou igualmente nos grupos treinados. Assim, o gasto calórico total das sessões revelou-se mais importante do que a intensidade para o aprimoramento da reatividade microvascular dos animais observados.