Jardins precários: flagrantes conceituais e acoplagens teórico-poéticas em torno das naturezas da arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Aquino, Cecilia Cavalieri de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7406
Resumo: Por que somos tão melancólicos? Seria o esforço do homem ocidental de separar-se da terra, de se desnaturalizar , a origem de nossa melancolia? O quão distantes da terra estaríamos nós? Em que medida homem e terra seriam distintos ou dissociáveis? É movida por estas perguntas que a artista Cecilia Cavalieri nos convida à possibilidade esperançosa de recobrarmos uma intimidade e uma escuta profunda com relação à terra. Nesta dissertação a artista articula experiências de arte/vida nos espaços limítrofes entre homem e natureza, onde cada obra se dá como um jardim, um microcosmo próprio, e problematiza a relação do Antropoceno com a Melancolia. E frente a dois abismos, os binômios arte/vida e natureza/cultura, a artista percorre um caminho plástico que tenta deslindar uma certa gênese dessa melancolia, mas vista por um viés contemporâneo, poético, por meio da idealização e da perda da natureza, da terra. Em tempos de catástrofes e mudanças climáticas, consequências de nossa devastadora separação da natureza, um jardim suspenso sustentado por um espelho nos devolve aos nossos pés no chão. E olhar para cima ou para as estrelas, ou para os tantos espelhos com os quais a dissertação nos confronta, é nos lembrarmos de nossa fragilidade e da falta constitutiva da vida que nos liga e nos move em direção ao outro e à terra. Jardins Precários é uma colagem entre ficção e realidade e nele elementos da natureza se misturam a fissuras urbanas e compõem cenários precários e difíceis. O quanto de natureza o homem ocidental foi arrancando de si e colocando do lado de fora, no mundo, no ambiente, na paisagem, distanciando-se dela, diferenciando-se dela, negativando-se dela, colocando-se no lugar do artifício, recusando-a? Essa é a pergunta que a dissertação deixa em aberto, sem pretensões de responder