Ciberaquilombamentos: produção de resistências pretas em tempos pandêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Caroline Cabral da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20718
Resumo: Esta é uma dissertação ancorada nas pesquisas nos/dos/com os cotidianos, fabulada (DELEUZE; GATTARI, 1995) nos estudos da cibercultura (SANTOS, 2019), com recorte racial a partir, sobretudo, dos escritos de Carolina Maria de Jesus (2014) e de Conceição Evaristo (2022). Pensando nas redes sociais online enquanto ‘espaçostempos’ de reivindicações, de visibilidade, de tessitura da vida, de (re) existências e de disputas de narrativas, a pesquisa propõe pensar em que medida o ciberespaço, que é uma importante rede educativa do nosso tempo, tem contribuído para a emergência de pautas antirracistas. Aqui me proponho fazer uma cartografia online das narrativas pretas tecidas nas redes sociais: twitter, instagram e facebook. E para acessar essas narrativas, busquei pelas hashtags #Blacklivesmatter, #vidasnegrasimportam, #racismoBBB21 #Cabelodojoão e #CarrefourRacista. Ao visitar as hashtags busco por narrativas compartilhadas por pessoas pretas comuns, e por publicações de pessoas pretas com maior engajamento online. Ao acessar os rastros de autoria nas redes sociais me atento às produções de subjetividades pretas tecidas no/com o ciberespaço. A temporalidade em que essa pesquisa foi feita é o período pandêmico, mas já adianto que revisitei minhas memórias, recontei histórias e recorri às minhas produções para elaborar este trabalho. Logo, a escrita dessa dissertação está contaminada por minha escrevivência (EVARISTO, 2022). Essa é uma escrita marcada por minha condição de mulher preta, professora da educação infantil, estudante do Programa de Pós-graduação em Educação, amante de samba, admiradora de cerveja e de viagens, entre muitas outras marcas que me permitem escrever/viver, escreviver minha existência. É importante dizer que essa não é uma escrita pessoal, mas sim uma escrita que se cumplicia com tantos outros sujeitos. Esse trabalho é uma forma de celebração da vida das pessoas pretas e é também um ato de denúncia das estruturas racistas que operam para nos roubar a alma.