A educação nas páginas do “O São Gonçalo”: política educacional no município de São Gonçalo (1963-1967)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18786 |
Resumo: | A pesquisa investigou a história da educação no Município de São Gonçalo localizado na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 1963-1967. A Cidade vivencia um processo de industrialização e aumento populacional, causado pela presença do parque industrial e proximidade com a Capital, sendo denominada “Manchester Fluminense”. Neste contexto, os processos históricos do País, tais como as políticas populistas e o Golpe de 1964, ocupavam as capas dos Jornais, “testemunhas oculares da história”, com interpretações próprias sendo propagandas aos/as leitores/as. Desta forma, a fonte/objeto da tese foi o Jornal “O São Gonçalo” criado na Cidade no ano de 1931, revelando-se uma valiosa fonte de estudo para a história da educação. Neste sentido, o Jornal e sua “materialidade efêmera” (CAMPOS, 2012) possibilitou através das “pistas” (GINZBURG, 1989) uma leitura aprofundada e a “escrita possível” (FIGUEIRÊDO, 2010) da “história vivida decifrada no cotidiano” (MARTINS, 2012). A tese reside no campo da história da educação com foco na pesquisa bibliográfica e documental, tendo com questões norteadoras: De que modo o impresso local retratou a educação na década de 1960? que representações da política educacional local/nacional são apresentadas no Jornal? O que as pistas encontradas revelam acerca das orientações no campo educacional nos primeiros anos da ditadura civil-militar? O que nos falam as reportagens sobre a educação na Cidade? Os referenciais teóricos-metodológicos centraram-se nos conceitos “particularidades da observação histórica” (BLOCH, 2001) através dos “indícios” (GINZBURG, 1989) na perspectiva dos estudos da micro-história italiana mediante a observação da “escala de análise” (REVEL,1996). A história da educação e a produção de conhecimentos a partir das particularidades apoiaram em (NUNES, 1992); (FARIA, 2006); (XAVIER, 2009); (LEONARDI, 2010), mediante o diálogo com a história local inscrita na “escala de poder” (ALVARENGA; TAVARES, 2015) e na “compreensão do local” (FIGUEIRÊDO, 2010) direcionaram o estudo objetivando a busca ao invés das afirmações. A metodologia da investigação via imprensa ocorreu no reconhecimento do Jornal enquanto produção social comprometido com “determinado projeto de sociedade” (FIGUEIRÊDO, 2010); (LUCA, 2005), contribuindo para a escrita da história. Sendo assim, os marcos da educação da Cidade encontram-se nas “primeiras vozes” da educação gonçalense (ARAÚJO; FIGUEIRÊDO; HEES; TAVARES; 2004), através do Núcleo de Pesquisa e Extensão “Vozes da Educação”, com longa trajetória de pesquisas voltadas para à escola pública e espaços não formais de educação. As contribuições da experiência de pesquisa visaram o fortalecimento da educação pública no projeto da Cidade, a expansão do direito à educação, as disputas na privatização do ensino e uma possível diminuição da “lacuna historiográfica” (FIGUEIRÊDO, 2010) da educação fluminense, particularmente nas regiões periféricas, considerando o micro/macro espaço social e os conhecimentos produzidos pela imprensa local. |