Crenças sobre o ensino de pronúncia: pesquisa e prática docente na formação inicial de professores de língua inglesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Reis, Victor Gil Mazzoleni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20100
Resumo: A pronúncia é um componente linguístico responsável pelo desenvolvimento de uma comunicação eficaz (inteligibilidade) na língua adicional. Embora o seu estudo seja importante para a formação docente, visto que o futuro professor irá ensinar os mecanismos de articulação dos sons da fala para que seus estudantes desenvolvam a oralidade (CELCE-MURCIA et al., 2010), o ensino de pronúncia nos cursos de Letras no Brasil tem enfrentado alguns desafios, como a priorização da teoria e o desenvolvimento insuficiente de metodologias de ensino (SILVA JR, 2017), fatores esses que acabam afetando as crenças e ações dos futuros docentes. Assim, procurando contribuir com avanços na área, esta pesquisa qualitativa, de viés interpretativista e do tipo estudo de caso, tem como objetivo verificar as contribuições que uma proposta de ensino de pronúncia da língua inglesa, com o auxílio das tecnologias digitais, pode oferecer aos graduandos em Letras-Inglês da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no que diz respeito à sua formação e posterior prática docente. Para tanto, 30 horas de aulas de pronúncia foram ministradas remotamente, durante o primeiro semestre de 2022, para cinco alunas matriculadas na disciplina Língua Inglesa III, que participaram respondendo a dois questionários, sendo entrevistadas e tendo sua produção acadêmica registrada para posterior análise. Também foi conduzida uma entrevista semiestruturada com três docentes do Instituto de Letras da UERJ que já haviam ministrado a referida disciplina para obter um relato sobre suas experiências. Dessa forma, a análise dos dados deu-se à luz da crítica de Barcelos (2001; 2004), no tocante à relação entre crenças e experiências no ensino de idiomas, e em diálogo com outros estudos de crenças acerca do ensino de pronúncia (SILVA; CAVALCANTI, 2019; MARTINS, 2020). Os resultados indicam que as alunas e professores acreditam que o ensino de pronúncia deve ocorrer de forma integrada aos demais componentes linguísticos, contemplando as variações e os contextos em que seus alunos estão inseridos, e que as tecnologias digitais auxiliam nessa tarefa. No entanto, crenças voltadas para um ensino não comunicativo de pronúncia estão presentes nos discursos das discentes, como a visão da pronúncia “perfeita” e a ênfase conferida ao estudo dos aspectos segmentais (fonemas). Não obstante, no final das atividades, as estudantes declararam estar mais confiantes teórica e metodologicamente para ensinar a pronúncia do inglês de forma significativa, com ênfase no desenvolvimento da competência comunicativa de seus aprendizes