Características de campo, petrografia e litogeoquímica da Unidade Santo Aleixo em sua localidade-tipo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dias, Deidimar Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7099
Resumo: A Unidade Santo Aleixo, em sua localidade-tipo, é representada por gnaisses homogêneos, e, mais restritamente, por gnaisses bandados e gnaisses com inclusões máficas e félsicas. Todos os tipos litológicos mostram contatos gradacionais entre si. Na área de pesquisa, ocorrem ainda leucognaisses, migmatitos, granitos tardios e diques de diabásio. A área é marcada por foliação principal com trend NE e mergulho de baixo a médio ângulo, ora para SE ora para NW, relacionado a dobramento com traço do plano axial NE-SW. Foram descritas zonas de cisalhamento dúcteis a rúpteis de fases deformacionais tardias. A análise modal dos diversos tipos gnáissicos revelou uma composição tonalítica a granítica e menos comumente, quartzo-monzodiorítica e quartzo-monzonitica. A biotita está sempre presente podendo ou não vir acompanhada de hornblenda. Os acessórios mais comuns nessas rochas são apatita, zircão e opacos, enquanto titanita e allanita são mais variáveis, e às vezes podem estar ausentes. É rara a presença de granada que apenas foi observada em uma amostra do gnaisse homogêneo. Observou-se cloritização de biotita e sericitização e formação de muscovita a partir de plagioclásio. Os resultados geoquímicos apontam para a existência de apenas um grupo subalcalino disposto ao longo de um trend calci-alcalino. A maioria das amostras são metaluminosas a fracamente peraluminosas. Os gnaisses apresentam valores de terras raras pesadas inferiores a 10 ppm, o que resulta em elevadas razões (La/Lu)N. As comparações petrográficas e litogeoquímicas entre a Unidade Santo Aleixo e do Complexo Rio Negro mostram que: a) a Unidade Santo Aleixo compreende uma série petrográfica expandida enquanto que o Complexo Rio Negro é representado por séries mais restritas; b) o quimismo das duas unidades é semelhante, e representa um magmatismo calci-alcalino metaluminoso à biotita e hornblenda; c) as unidades são semelhantes em termos de ambientação tectônica, representando um ambiente do tipo arco vulcânico; d) os gnaisses da Unidade Santo Aleixo são empobrecidos em terras raras pesadas em comparação aos gnaisses do Complexo Rio Negro; comportamento causado pela presença de granada na fonte geradora. A inclusão da Unidade Santo Aleixo no Complexo Rio Negro, portanto, é sustentada pelas semelhanças petrográficas e geoquímicas, entendendo-se que o Complexo inclui tipos magmáticos com modos de evolução e fontes diferentes.