Caracterização petrográfica, microtectônica, geoquímica e geocronológica do Granito Pedra Selada, Visconde de Mauá, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Simas, Marcela Perroti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19677
Resumo: O Granito Pedra Selada (GPS) corresponde a um corpo granitoide que ocorre na região da Serra da Pedra Selada, próximo à vila de Visconde de Mauá (RJ). De acordo com trabalhos prévios, esse corpo está associado a um magmatismo sin-colisional tipo-I porfirítico identificado no segmento central da Faixa Ribeira. No entanto, a região de estudo também vem sendo correlacionada à Zona de Interferência entre as faixas Brasília e Ribeira. A fim de relacionar o alojamento deste granitoide com a evolução das faixas citadas, foi realizado um estudo do Granito Pedra Selada a partir de mapeamento em escala 1:20.000, de sua caracterização petrográfica, microtectônica, litogeoquímica e geocronológica. As características obtidas em campo e em análises petrográficas indicam que o granitoide é uma rocha em geral homogênea, porfirítica, apresentando megacristais de K-feldspato, orientados em uma foliação de fluxo magmático. É caracterizado por duas fácies, uma granítica e outra granodiorítica. Encontra-se encaixado em gnaisses e possui contatos abruptos e intrusivos, ocorrendo como um corpo aparentemente tabular de mergulho sub-horizontal, mas também como corpos tabulares subverticais. A foliação ígnea (Si) do GPS é afetada por uma fase deformacional dúctil Dn+1, sendo dobrada, com a foliação metamórfica Sn+1 paralela ao plano axial destas dobras. Esta fase também afeta o registro de uma deformação dúctil pretérita Dn em rochas encaixantes. A relação da foliação ígnea com a foliação metamórfica aponta que o alojamento do GPS ocorreu antes do desenvolvimento da foliação Sn+1. A análise litogeoquímica indica que o granitoide é subalcalino, de caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso, com afinidade shoshonítica, classificado como ferroso e álcali-cálcico. As análises geocronológicas resultaram em uma idade de cristalização (U-Pb em zircão) de 590,7±1,5 Ma. Os dados estruturais, geocronológicos e geoquímicos do Metagranitoide Pedra Selada indicam que o magma que originou este corpo ígneo alojou-se em ambiente extensional com ascensão por condutos subverticais e espraiamento sub-horizontal, formando corpos como lacólitos, em período pós-colisional à evolução da Faixa Brasília Sul e ligeiramente anterior à colisão da Faixa Ribeira Central. O magma teria origem associada à quebra da placa subductante e ascensão da astenosfera à base da crosta continental da placa superior, gerando fusão parcial e formação de plútons slab failure a tipo A. Os dados aqui obtidos do GPS e de outros três corpos de metagranitoides e suas relações com as rochas encaixantes corroboram a interpretação da região estudada estar inserida no domínio da Nappe Socorro, na Zona de Interferência entre as faixas Brasília e Ribeira.