Logos basileus (A regência do sentido): metafísica, antropogênese e etnocentrismo a partir do pensamento de Martin Heidegger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Carlos Arthur Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19171
Resumo: Esta tese investiga como o pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger, enquanto expoente do recrudescimento da metafísica ocidental no século XX, pode revelar um vínculo essencial entre a ontologia – como seção da metafísica que coloca em discussão os conceitos fundamentais da tradição ocidental – e a exclusão étnico e antropocêntrica dos povos não ocidentais e dos demais seres vivos de qualquer forma de “dignidade ontológica”. Tal exclusão vê-se como promovida pela própria antropogênese constitutiva da metafísica: o pensamento que sonda os fundamentos da realidade também produz uma humanização do vivente humano através da própria noção de sentido, vunculada à linguagem, como meio privilegiado no qual a realidade estrutura-se em torno da morada humana no mundo – morada que, todavia, é sempre pensada para um grupamento humano em particular, em contraposição a humanos que, ainda que presentes, não participam do mundo enquanto tal e, portanto, são sub-humanos – inumanos. Nosso procedimento acompanhará a trajetória da investigação heideggeriana sobre a relação entre ser e linguagem, discutindo-lhe os pressupostos e suas implicações e compromissos antropo-étno-cêntricos, e antepondo-lhes as imagens do pensamento brasileiro e ameríndio como forma de levar o pensamento para além da exclusão levada a cabo pela metafísica europeia.