Genealogia do Apoio Mútuo Kropotkiniano: principal fator da Evolução das Espécies e Fator de Resistência nas Cidades Contemporâneas

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Morais, Eduardo Spengler de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Filosofia
• Palavras-chave em Português: Mutual aid; Evolution; Contemporary cities; Foucault. . ..; Apoio mútuo; Evolução; Cidades contemporâneas; Kropotkin; CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA; CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::EPISTEMOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18233

O presente trabalho apresenta a Teoria do Apoio Mútuo kropotkiniana como sendo este o principal fator de evolução das espécies, que ocorre juntamente ao processo de seleção natural darwiniano. O pensamento de Kropotkin será aqui resgatado pelo método genealógico foucaultiano como sendo um saber sujeitado, um saber desqualificado pela guerra discursiva que escolheu como discurso dominante um darwinismo social que é, de certa forma, uma continuação do contratualismo hobbesiano, o qual prega uma metafórica guerra de todos contra todos para justificar um individualismo fabricado como sendo algo inerente ao ser humano, filosoficamente necessário e fundado na biologia de nossa espécie. Serão analisados o surgimento das cidades contemporâneas e dos Estados-nação modernos utilizando-nos do pensamento de Foucault e Kropotkin. Em Foucault serão explicados os três mecanismos de poder: o da soberania, o da sociedade disciplinar e o mecanismo de segurança ou biopoder, que fazem parte de uma estratégia de poder que Foucault denominou poder-saber, que é em seu cerne a fundamentação do saber epistemológico-jurídico, que por sua vez mantêm a legitimidade do Estado e seus três mecanismos de poder. Com Kropotkin, será analisada a importância do apoio mútuo em três pontos: no processo evolutivo das espécies de animais não-humanos, na lei do apoio mútuo como fundamental no processo de formação das sociedades humanas e o apoio mútuo como fator de resistência nas cidades contemporâneas, contrapondo-se a um individualismo produzido pelas cidades e pelos Estados-nação modernos, estes utilizando-se do poder-saber como estratégia de vigilância, policiamento e controle dos corpos dos cidadãos.