Geopolítica das igrejas e anarquia religiosa no Brasil. Por uma geoética de apoio mútuo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Alberto Pereira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13012012-092001/
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar, de um lado, as relações entre geopolítica e igrejas e, de outro, as relações entre o termo grego anarquia e o crescimento da população crente sem religião no território brasileiro. A palavra igreja é utilizada de modo amplo e genérico (igreja, templo, centro espírita, etc), isto é, toda e qualquer instituição que se constitui como estrutura de poder religioso. A pesquisa identifica principalmente as geopolíticas das igrejas católica e evangélicas, as rivalidades de poderes e influências políticas no território brasileiro que ocorrem através de diversos meios, estratégias ou ações das igrejas, como nas eleições de deputados federais e até de presidente da República como aconteceu em 2010, inclusive com a disputa através dos meios de comunicação, especialmente a televisão e o rádio e no espaço virtual. Revela-se também um processo histórico-cultural de anarquia religiosa, que se dá, por um lado, com o crescimento do contingente de população religiosa sem religião e, por outro, com a existência de populações religiosas não praticantes, católica e evangélica, bem como as desobediências às normas, às doutrinas e às autoridades religiosas. Esse fenômeno está disperso em todo o território brasileiro, abrangendo pessoas de todos os níveis intelectuais, faixas etárias e de todas as classes sociais. Como compreender esta complexa metamorfose do espaço das populações religiosas e das igrejas no Brasil? Essa é a questão central desta tese, cuja análise se fundamenta numa geografia crítica pluralista que dialoga com o pensamento de geógrafos anarquistas, críticos pós-modernos e com a teoria da complexidade, propondo-se ao final deste trabalho uma reflexão sobre geoética.