Cultura e conhecimento: a filosofia na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimaraes, Marcelo Senna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10442
Resumo: O trabalho investiga a trajetória da instituição escolar na modernidade, identificando alguns projetos de escola que se configuraram em uma espécie de matrizes educacionais. Encontram-se elementos de uma transição de um modelo de ensino humanista, teológico ou religioso para outro científico. Essa transição teve efeitos em todo o currículo escolar e modelo de educação. Alguns desses efeitos têm consequências não apenas no ensino de filosofia, mas também no ensino médio e na constituição da escola. No Brasil, o debate sobre o modelo de educação de ensino médio nas escolas públicas foi levantado por Silvio Romero por ocasião da proposta do currículo do ensino de filosofia do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro (RJ), no século XIX. Os conceitos de cultura, conhecimento e educação são estudados na obra de Nietzsche, Foucault e Rancière, e dessa investigação pretende-se retirar elementos para considerar a atuação do professor de filosofia hoje. A crítica a uma escola subserviente aos interesses do Estado e do mercado, voltada para a mera sobrevivência e que ocupa o espaço de uma instituição promotora da cultura; a distinção entre conhecimento e espiritualidade, o exame de suas formas de associação e dissociação, das práticas de diversas formas de maestria e de cuidado de si; a distinção entre emancipação e embrutecimento e a aproximação entre a ontologia do presente e a prática do mestre ignorante; esses elementos encontrados respectivamente nos três autores citados são levantados como componentes da análise sobre as relações entre filosofia e educação. Dessas análises, recolhe-se uma atitude que deve servir de pano de fundo para a investigação de alguns aspectos das condições de trabalho do professor de filosofia na escola atual. As características da escola de ensino médio, as condições específicas de formação dos professores de filosofia são associadas a três personagens que mostram-se adequados para representar a encruzilhada em que se situam esses professores. Como conclusão, indica-se um caminho para que a prática dos professores de filosofia nas escolas entenda-se e se realiza como uma forma de pesquisa didática