Prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Grisolia, Barbara Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14227
Resumo: O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico (ATO) em crianças e adolescentes de 1985 a 2015, avaliando a influência de fatores como sexo, idade, presença de cárie dentária, experiência prévia com tratamento odontológico, prevalência de ATO dos responsáveis nas criança e adolescentes e associados a metodologia do estudo. Foi realizada busca eletrônica nas bases de dados MEDLINE via PubMed, EMBASE, WEB OF SCIENCE, CINAHL, SCOPUS, PsycINFO, LILACS e uma busca manual no Banco de Teses e dissertações da CAPES e em seis periódicos especializados. Critérios de inclusão: estudos seccionais e ensaios clínicos aninhados em estudos de coorte ou realizados após um estudo transversal de 1985 a 2015, com crianças e adolescentes entre três e 18 anos de idade e desfecho a prevalência de quaisquer tipos de medos e fobia odontológicos, estimada a partir de uma escala validada para a população-alvo do estudo. Os registros foram importados para o software EndNote Web e exportados para uma planilha Microsoft Excel®. Duas pesquisadoras realizaram a extração de dados de forma independente. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado com uma adaptação da ferramenta The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Checklist for Studies Reporting Prevalence Data . As análises estatísticas foram realizadas com o programa STATA 14®. Após a remoção das duplicatas, restaram 926 registros; 170 artigos para leitura na íntegra. Ao final, 37 estudos foram incluídos, nenhum com baixo risco de viés. Cinco instrumentos diferentes foram usados nos estudos incluídos para a mensuração da ATO: CFSS-DS, DAQ, DFS, MCDASf e VPT. A prevalência global combinada de ATO foi 0,22 (IC 95% 0,19 a 0,25 e por faixa etária: 0,33 (IC 95% 0,22 a 0,43) em pré-escolares, 0,20 (IC 95% 0,15 a 0,26) em escolares e 0,14 (IC 95% 0,10 a 0,18) em adolescentes, com diferenças significantes entre pré-escolares e adolescentes. Nove estudos foram incluídos na meta-análise por sexo; as prevalências foram 17% (IC95% 10%; 23%) e 18% (IC95% 11%; 25%) em meninos e meninas respectivamente, sem diferença significativa. Na análise de sensibilidade observouse influência do tipo de respondente sobre a prevalência de ATO segundo a faixa etária. A ATO é um problema frequente em crianças e adolescentes e estudos de base populacional bem desenhados são necessários para se aprimorar o nosso conhecimento a respeito da prevalência desta condição na população mundial.