Pelas mãos das Ekedis e Makotas: o poder matriarcal nos processos educacionais nos candomblés

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Isadora Souza da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20213
Resumo: O presente trabalho investiga como as Ekedis e Makotas, cargo exclusivamente feminino dos candomblés de Ketu e Angola, respectivamente, se relacionam com suas comunidades de terreiros, como elas se inserem nas estruturas hierárquicas e tradicionais destas comunidades e como essa relação nos ajuda a refletir sobre o feminino em sociedade, podendo ainda nos auxiliar na reflexão crítica sobre educação. As razões pelas quais se propõe essa investigação encontram eco na construção de uma proposta educacional antirracista e antissexista, que possa auxiliar na construção de uma educação plural e respeitosa com as diversidades socioculturais. Ela nasce dos Estudos com Crianças de Terreiros (CAPUTO, 2012), dialoga com Estudos da Infância, a partir da sua historiografia, e com a Sociologia da Infância. Os estudos que alicerçam o referencial teórico são os conhecimentos filosóficos afrocentrados que se ocupam em analisar o espaço e o conceito da mulher em sociedade. Dentre os autores e conceitos utilizados como referencial teórico de base, destacam-se Cleonora Hudson-Weems (2021), com o Mulherismo Africana, e Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí (2021), com estudos sobre a construção do conceito de gênero em África. Como metodologia, foram utilizadas as narrativas de diferentes mulheres, ocupantes do cargo, obtidas através de conversas e entrevistas, privilegiando assim a categoria analítica da História Oral e Memória de Conceição Evaristo (2017, 2020), Amadou Hampâté Bâ (2010) e Maurice Halbwachs (2006). Os resultados encontrados apontam para a necessidade de novas construções dos paradigmas educacionais e escolares que levem em conta a importância do afeto e do cuidado, aspectos fundamentais de um cargo de Ekedi, caracterizado no binômio cuidar e educar.