A gramática de João de Barros: tradição gramatical e formação do ideário linguístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lagoa, Raquel Marques da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22938
Resumo: Esta pesquisa científica, realizada no âmbito da Historiografia da Linguística (HL), tem como foco a análise da Gramática da Língua Portuguesa (GLP) escrita pelo gramático humanista João de Barros (JB) em 1540. O objetivo geral deste estudo é discutir o processo de gramatização da Língua Portuguesa (LP), a influência da tradição gramatical greco-latina no pensamento linguístico de JB, bem como o papel das línguas na formação do ideário linguístico do povo português. A investigação empreendida nesta dissertação terá como aporte teórico os pressupostos da HL de Koerner (1996 e 2014), Swiggers (2010), Batista (2013, 2019, 2020 e 2023) e Kaltner (2012 e 2023b), sendo, portanto, desenvolvida por meio de uma análise qualitativa, de fonte bibliográfica, que levará em conta não só os fatores linguísticos da obra, a análise de sua estrutura per se, mas também os fatores extralinguísticos que estão relacionados ao que se convenciona chamar de ‘clima de opinião’, a saber, o ambiente de produção, circulação e recepção da gramática, os parâmetros que influenciaram o pensamento linguístico de JB. Para fins de investigação da filiação da gramática ao modelo greco-latino será apresentado um recorte do pensamento linguístico desde a antiguidade clássica até o Renascimento. Quanto à reconstrução do ‘clima de opinião’ serão utilizadas algumas fontes secundárias, como, por exemplo, a Gramática da Linguagem Portuguesa de Fernão de Oliveira, contemporâneo de JB, publicada em 1536, que nos fornecerá um contraponto na compreensão da teoria linguística empregada por JB. Também servirão de embasamento teórico textos que nos ajudarão a reconstituir o Portugal do período renascentista, quando o vernáculo português começava o seu percurso rumo ao status de língua de cultura. Tenciona-se que os achados desta pesquisa possam contribuir para o desenvolvimento dos estudos historiográficos, na medida em que se busca verificar a relação de continuidade e descontinuidades das teorias linguísticas no decorrer dos tempos