João do Rio e as ruas: o espaço na construção da subjetividade

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Miranda, Karen de Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Calles; Modernización; Rio de Janeiro; Ruas; João do Rio; Subjetividade; Modernização; João, do Rio, 1881-1921 – Crítica e interpretação; Crônicas brasileiras – História e crítica; Rio de Janeiro (RJ) - Na literatura; Rio de Janeiro (RJ) – Usos e costumes; Ruas – Rio de Janeiro (RJ) – História; Subjetividade na literatura; Modernidade; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21028

A presente pesquisa tem por objetivo analisar, a partir de crônicas selecionadas, como João do Rio [Paulo Barreto] (1881-1921) representou a mudança da subjetividade do carioca durante o período da Belle Époque. Após a instauração da República, o Rio de Janeiro, a então capital do Brasil, passou por diversas mudanças que tiveram por intuito a modernização da cidade. Várias reformas foram realizadas, mas não somente isso, a cidade recebia um bombardeio de novas tecnologias e estímulos sensoriais que transformaram a forma de ser e viver dos indivíduos. Portanto, este trabalho examina textos escolhidos de João do Rio, em específico as coletâneas A alma encantadora das ruas (1908), Cinematógrafo (1909) e Vida Vertiginosa (1911), de modo a evidenciar como autor expôs a alteração da subjetividade dos cariocas mediante a transformação das ruas da cidade. Para isso, contou-se com o amparo dos estudos críticos dos teóricos da época que exploraram essa convulsão de acontecimentos e a reação dos sujeitos. Procura-se expor a contribuição de João do Rio como um escritor que inovou a literatura urbana carioca colocando em movimento a escrita literária, indo ao encontro das experiências subjetivas, narrando-as de maneira sensível e vívida ao ponto transpor seus leitores para dentro das cenas e os convidar para refletir sobre as tensões e temas relevantes que alteraram a subjetividade do povo carioca na época em questão