Portela Cultural: histórias e pedagogias de um departamento de escola de samba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Rogerio Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17957
Resumo: Esta Dissertação, requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas, integra os estudos das Escolas de Samba do Rio de Janeiro inseridos no campo de estudos decoloniais com base em uma abordagem transdisciplinar. O objetivo desta pesquisa é analisar como os sentidos de história, militância cultural, memória e educação decolonial são construídos na Portela pelos componentes do seu Departamento Cultural, principalmente no contexto de uma nova gestão entre 2013 e 2016. Busca-se como estes sentidos são ressignificados, enunciados como narrativas e aplicados na construção de um “Pensamento Afrodiaspórico” e de novas pedagogias centradas no território-berço da Escola de Samba Portela e no subúrbio de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, notadamente, entre 2016 e 2020. Este estudo qualitativo foi realizado com base em um corpus de dados obtidos através de: memórias pessoais, análises de entrevistas e depoimentos, teses de doutorado e dissertações de mestrado, matérias de jornais e revistas, artigos de sites especializados em carnaval e publicações de rede social. Os elementos da tradição são negociados e reorganizados podendo se articular em ações diferentes e adquirir novos significados como memória, acervos e territórios, compreendidos como espaços de criação e recriação, nos quais podemos perceber a importância de uma educação decolonial na construção de sentidos atribuídos à tradição e à inovação portelenses. Ao valorizar o que são saberes e culturas populares, o Departamento Cultural evidencia o que pretende transmitir às gerações futuras. Para isso, esta pesquisa debruçou-se sobre: a história deste Departamento, o protagonismo dos seus fundadores Hiram Araújo e Antônio Candeia Filho, a atuação da Equipe PortelaWeb e o movimento e chapa denominados Portela Verdade e a reconfiguração do Portela Cultural no resgaste das tradições da agremiação. Seja na quadra, no território de Oswaldo Cruz, em outros espaços e territórios dentro e fora do Rio de Janeiro, na internet, como agente de resgate da tradição no período 2013-2016, e como promotor de ações que dão novo sentido à tradição neste período, através dos diálogos com novas expressões artísticas, linguagens e tecnologias e da inserção de ações nas plataformas digitais e nos ambientes virtuais, o Portela Cultural vem colaborando para uma educação não formal defensora da cultura dos subúrbios e das periferias cariocas ao mesmo tempo em que propõe agendas e pautas identitárias de gênero e raça, sobretudo, no contexto social da Pandemia causada pelo novo coronavírus, a partir de março de 2020.