Monitoramento dos exames laboratoriais de coagulação como preditivo de eventos trombóticos no circuito da ECMO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Jorlenne Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19009
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto a identificação precoce do evento trombótico no circuito do suporte de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) por meio da análise laboratorial. Teve como objetivo geral verificar se os exames laboratoriais que monitoram o estado da coagulação sanguínea são preditores do desenvolvimento de trombos no circuito da ECMO em pacientes adultos. Os objetivos específicos foram: revisar os exames laboratoriais usados para mapear o estado da coagulação sanguínea dos pacientes adultos submetidos à ECMO em um centro especializado; correlacionar os valores dos exames laboratoriais que monitoram o estado de coagulação sanguínea com o risco de formação de trombos no circuito da ECMO; identificar o desfecho dos pacientes submetidos à ECMO que desenvolveram trombose no circuito. Estudo epidemiológico, analítico, quantitativo, retrospectivo, de caráter observacional. A população analisada foram pacientes adultos que utilizaram a ECMO nas modalidades veno-venosa (VV) e veno-arterial (VA), com ou sem diagnóstico de covid-19, tendo ou não desenvolvido a trombose no circuito. A coleta foi em prontuário no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Os resultados deste estudo são baseados numa amostra de 36 casos de pacientes em tratamento com a ECMO, dos quais 36,1% tiveram trombose no circuito. A ocorrência de trombose não teve relação com o sexo do paciente. Em ambos os grupos a faixa etária modal foi de idades maiores ou iguais a 54 anos e menores que 63 anos, e a ocorrência de trombose não foi associada à idade do paciente. A ocorrência de trombose foi significativamente menor na modalidade VA, observada em 15,38% da amostra analisada. Identificou-se a correlação com a duração da ECMO – os pacientes que tiveram trombose ficaram significativamente mais dias em ECMO do que os pacientes que não tiveram trombose. A frequência de pacientes com troca de circuito foi significativamente maior no grupo que teve trombose. A frequência de pacientes que foram a óbito foi significativamente maior no grupo que não teve trombose no circuito. A partir dos dados deste trabalho, não se pode afirmar que as taxas de Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (PTTa), Tempo de Protrombina/ Relação Normatizada Internacional (TP/RNI), TP/Atividade, D-dímero, fibrinogênio e antitrombina III (AT III) estão associadas à ocorrência de trombose, pois estes marcadores, na maioria das observações realizadas neste estudo, não foram significativamente distintos nos grupos com e sem trombose, ou os dados obtidos não foram suficientes para comparar os dois grupos, contudo, em relação às plaquetas houve associação significante no 5º dia (p<0,039), tendo os pacientes com plaquetas dentro da faixa de referência tido 6,7 vezes mais chances de ter trombose comparados aos pacientes com valores inferiores à faixa de referência.