Caracterização isotópica δ13C de indicadores moleculares de óleos de bacias brasileiras como uma ferramenta de análise biogeoquímica e de impacto ambiental
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17152 |
Resumo: | Na geoquímica orgânica, a definição da origem do petróleo muitas vezes pode ser acessada através do estudo de suas moléculas orgânicas fósseis. Tais moléculas (biomarcadores) apresentam estrutura complexa, oriunda de organismos vivos, tendo toda ou parte de sua estrutura química original preservada. Os biomarcadores permitem inferir condições ambientais da rocha geradora possibilitando a correlação entre óleo gerado e sua rocha fonte tal qual entre óleos gerados a partir da mesma rocha. Apesar da ampla aplicabilidade dos biomarcadores, métodos geoquímicos moleculares nem sempre permitem diferenciar com efetividade óleos gerados em condições paleoambientais similares. Entretanto, a análise isotópica de compostos individuais em óleos pode auxiliar na diferenciação de fontes estabelecendo identidades mais exatas dos óleos. Com o objetivo de testar a ferramenta δ13C em compostos individuais na análise biogeoquímica e na correlação entre óleos no âmbito da identificação da origem de poluentes, o presente estudo apresenta a avaliação integrada de biomarcadores, análise isotópica de óleo total e de compostos individuais em óleos oriundos de cinco importantes bacias sedimentares brasileiras. O óleo da Bacia de Solimões (Devoniano) tem sua rocha geradora associada, na literatura, a ambiente marinho enquanto os óleos das bacias do Paraná (Permiano) e Sergipe-Alagoas (Cretáceo), marinho restrito. O óleo da Bacia do Recôncavo (Cretáceo) tem a sua rocha geradora associada a um ambiente lacustre de salinidade normal enquanto o óleo da Bacia de Santos (Cretáceo), lacustre hipersalino. Os dados aqui gerados corroboram a interpretação proposta para os ambientes geradores de todos os óleos. As análises dos compostos individuais pristano e fitano, cuja razão é amplamente utilizada como uma ferramenta paleoredox, mostrou que esses compostos apresentaram valores isotópicos diferenciados. Tal resultado demonstra que, na maioria dos casos, esses compostos apresentam fontes distintas o que impede a aplicabilidade da razão P/F como uma ferramenta paleoredox. Adicionalmente, óleos associados a rochas geradoras com ambientes deposicionais semelhantes apresentaram valores isotópicos distintos tanto para composição total quanto para de compostos individuais. Tal resultado sugere que a técnica é promissora na geração de identidades de óleos que podem ser utilizadas em estudos de correlação e identificação da origem de petróleo, quando estes são poluentes em desastres ambientais. |