Avaliação das habilidades sociais de jovens com paralisia cerebral usuários de comunicação alternativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Quiterio, Patricia Lorena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10772
Resumo: As relações interpessoais tem sido foco de interesse de várias pesquisas nas áreas de ciências sociais e humanas. A compreensão dos processos sociais e comunicativos é considerada essencial para a inclusão de alunos com deficiência na escola. O aluno com paralisia cerebral que não consegue se comunicar oralmente de forma eficiente pode ser incapaz de expressar seus sentimentos e pensamentos, prejudicando seu desenvolvimento acadêmico e social. Os objetivos desta investigação foram: a) adaptar o Inventário de Habilidades Sociais (Del Prette e Del Prette) para alunos com paralisia cerebral, não oralizados usando recursos da Comunicação Alternativa para tal; b) Verificar a consistência de uma proposta de avaliação multimodal de Habilidades Sociais para pessoas com paralisia cerebral não-oralizadas, e c) descrever o repertório de habilidades sociais desses alunos. A avaliação multimodal envolveu a aplicação dos seguintes instrumentos: Inventário de Habilidades Sociais para Pessoas Não-Oralizadas (IHSPNO), registro de observação direta dos alunos em situações sociais na escola, questionário com os responsáveis pelos alunos e entrevista com os professores desses alunos. O IHSPNO foi aplicado tanto aos alunos como aos seus professores tendo os alunos como sujeitos focais. A utilização destes instrumentos visou avaliar como as habilidades sociais dos estudantes eram percebidas pelos próprios sujeitos e por seus interlocutores. A presente pesquisa foi dividida em dois estudos. No Estudo 1, considerado com estudo piloto, o IHSPNO, composto por vinte itens apresentados em formato de pranchas com imagens que descreviam situações vivenciadas na escola por pessoas com deficiência física foi aplicado a quatro alunos. O Estudo 2, replicou o Estudo 1 junto a oito alunos, nos quais foi aplicada a versão final do IHSPNO. Para testar a validade do instrumento foi aplicado o Teste de Postos com Sinal de Wilcoxon (Ho para p≤ 0,02) que revelou resultados satisfatórios. Os dados revelaram que os sujeitos apresentaram melhor desempenho nas subclasses Assertividade e Autocontrole e Expressividade emocional, tanto segundo sua própria percepção como pela avaliação das professoras. Os sujeitos apresentaram desempenho razoável em Habilidades Básicas de comunicação, Empatia, Civilidade e Habilidades Sociais Acadêmicas. No entanto, exibiram déficits significativos em Fazer amizades e Solução de Problemas Interpessoais. A avaliação multimodal revelou concordância parcial, conforme sugere a literatura. As subclasses Civilidade, Assertividade, Autocontrole e Expressividade emocional e Solução de Problemas Interpessoais revelaram concordância nas percepções. As subclasses Básicas de comunicação, Empatia e Habilidades Sociais Acadêmicas denotaram uma concordância parcial e a subclasse Fazer amizades precisaria de outros instrumentos ou informantes para uma avaliação mais consistente. Este resultado aponta a necessidade de oferta de um Treinamento de Habilidades Sociais.