Desempenho de habilidades manipulativas de uma estudante com paralisia cerebral em face do uso de jogos digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Talita Maria Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243550
Resumo: Essa pesquisa de mestrado é vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, na linha “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem”. O objetivo foi o de analisar a efetividade dos jogos: tangram, quebra cabeça e torre de hanói, e se há relação entre esses jogos com as variáveis manipulativas de uma estudante com paralisia cerebral nível 4 de MACS, compreendidas como: posicionamento da mão/ dedo na peça do touch screen, arraste preciso da peça no local adequado e visualização prévia do local a ser depositada a peça. Como procedimentos metodológicos foi realizado uma Revisão Sistemática de Literatura e aplicação de um delineamento do sujeito único em um modelo AB, considerado quase experimental, onde em “A” mensurou-se o conhecimento prévio da estudante e no momento “B” inseriu-se a intervenção com treinamento adequado e uso de estratégias que foram descritas em um quadro. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: a 1ª Etapa teve como objetivo evidenciar com base em uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional quais são as estratégias e adaptações consideradas para o uso de jogos digitais visando o aprimoramento de habilidades manipulativas de estudantes com paralisia cerebral, para responde-la foi utilizada uma Revisão Sistemática de Literatura que contou com a extração de dados por meio das bases de dados: Lilacs, Google Scholar, Eric, Scielo, Portal de Periódicos Capes, Scopus e Lista. A 2ª Etapa teve como objetivo identificar qual a habilidade apresentou melhor desempenho nos diferentes jogos e para respondê-la, os procedimentos metodológicos percorridos foram divididos em 4 fases, sendo elas: 1) seleção dos jogos; 2) linha de base; 3) disponibilização do jogo ao usuário; e, 4) intervenção. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado a observação com anotação em diário de campo e filmagens das sessões que foram assistidas pela pesquisadora afim de descrever e pontuar em um gráfico de dispersão as tentativas de jogabilidade da estudante referente ao seu desempenho. Foram pontuadas em uma escala de 0 a 3 pontos que classificou as habilidades em: 0: não executa o movimento; 1: executa com assistência física; 2: executa com dificuldade, mas sozinha e 3:executa com êxito sem ajuda. Os dados foram analisados pela soma de pontos obtidos, divididos pela pontuação máxima e multiplicados por 100, para se obter a porcentagem de acertos, que, posteriormente, foram expostas em gráficos de dispersão para melhor visualização dos resultados. A partir dos resultados evidencia-se que a aplicação de estratégias como o uso de feedbacks, acessibilidade para o jogo, motivação, presença de um tutor, demonstração e explicação prévia, usadas em jogos digitais, corroboram para o desempenho físico, cognitivo e de comunicação de estudantes do Público-Alvo da Educação Especial, pontos que agregaram ao planejamento e intervenção pela pesquisadora diante da segunda etapa. Quanto ao delineamento AB, observou-se que as habilidades analisadas obtiveram melhora em seu desempenho diante do uso do plano inclinado associado às estratégias. Em suma, o uso de jogos digitais em um dispositivo móvel tablet que dispõe da ferramenta touch screen, associado ao uso de estratégias e de recursos de acessibilidade podem favorecer o desenvolvimento e desempenho de habilidades manipulativas da estudante no que tange a sua independência e autonomia. Considerando as dificuldades de coleta em período pandêmico, sem possibilidades de controle de variáveis intervenientes, recomenda-se que novos estudos sejam realizados com um número amostral maior e com um tipo de delineamento de carater experimental.