Não se faz revolução sem organização. A trajetória do operário socialista Antônio Mariano Garcia (1870-1927)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23252 |
Resumo: | Essa tese teve como objetivo o estudo da trajetória do operário, jornalista e militante socialista reformista Antônio Mariano Garcia (1862-1927) na organização da classe trabalhadora na Primeira República. O recorte temporal utilizado foi o último quartel do século XIX, quando Mariano Garcia participa da luta contra a escravidão, fazendo parte do grupo, “Ordem dos Caifazes”, em São Paulo, terminando no ano da sua morte, em 1927, quase fim da Primeira República. A trajetória de Mariano Garcia foi marcada pela luta na organização da classe trabalhadora em associações, sindicatos e num partido operário, como formas de ação na busca por direitos sociais para os que trabalhavam. A pesquisa foi elaborada a partir dos vestígios deixados por ele na imprensa da época. Operário cigarreiro, Mariano Garcia também foi um atuante jornalista, pois acreditava ser os jornais uma poderosa ferramenta de arregimentação da classe trabalhadora, por isso, escrevia artigos nas colunas operárias dos principais jornais grande imprensa, bem como, nos jornais operários que fundou. Ao denunciar, em seus artigos, as péssimas condições de vida as quais os trabalhadores eram submetidos: longas jornadas, baixos salários, locais de trabalho e moradia insalubres, alimentação precária, além da falta de mecanismos de amparo que os protegessem, buscava conscientizar a classe operária da necessidade de organização na luta por direitos e por cidadania. Como militante socialista reformista, sua agência política foi marcada por inúmeras tentativas de fundar um partido operário que pudesse eleger representantes oriundos da sua classe, pois acreditava ser a participação política dos operários na política formal, o caminho que levaria a obtenção de leis que garantiriam direitos aos trabalhadores, para isso, utilizava-se de várias estratégias de luta, inclusive, a aproximação com o Estado. A partir da análise das ações de Mariano Garcia como sujeito coletivo, na busca por melhoria de vida para a sua classe, constatamos como foi árdua a luta dos trabalhadores em busca de direitos sociais e por cidadania, contribuindo assim, para os estudos sobre o movimento operário no Brasil. |