Caracterização molecular e estrutural de tecido ósseo exposto à água de rio
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18171 |
Resumo: | A identificação de restos mortais a partir de tecido ósseo pode ser realizada com o uso de ferramentas de diferentes campos da Ciência Forense, sendo a Genética a mais avançada. O uso do DNA em casos forense possui uma grande importância em processos criminais e estudos voltados para o aprimoramento das técnicas existentes ainda são necessários no caso de ossos. Restos esqueletizados são frequentemente encontrados nos cenários de crimes, das guerras e das grandes catástrofes, envolvendo civis e militares, inclusive em ambientes aquáticos ou similares, sendo alvo de emprego de metodologias moleculares. Entretanto, estudos demonstram dificuldades em gerar perfis genéticos dessas amostras, visando sua identificação. O objetivo foi identificar alterações em amostras de tecido ósseo, sob em água do rio, em nível estrutural e genético, que possam corroborar para o melhor conhecimento da análise forense a partir dessas amostras. Para isto, foi utilizado amostras de fragmentos ósseos do acervo do Laboratório de Diagnóstico por DNA (UERJ). As amostras foram expostas à água de rio durante 30, 60 e 90 dias. Análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV-EDS) e espectroscopia de Raman foram realizadas para avaliar a condição estrutural da amostra. Analise quantitativa da molécula de Ácido Deoxinucleíco (DNA) preparados das amostras foram realizadas por amplificação quantitativa por Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR). Foi identificado alterações morfológicas presentes, principalmente, nos ossos corticais e trabeculares. Modificações iônicas foram observadas, primordialmente na superfície externa e na porção trabecular dos ossos, com presença da diminuição da porcentagem dos componentes principais e aumento de elementos, como Manganês, Ferro, Alumínio e Silício. Os resultados da quantificação por qPCR demonstraram não haver diferença significativa entre as quantidades de DNA em função da exposição ambiental nem do tempo estudado. De modo semelhante, a análise dos géis de agarose permitiu inferir que não houve redução significativa da qualidade do DNA mitocondrial (DNAmt) em função da exposição ambiental e do tempo estudado. Apenas íons positivos foram encontrados. Esses íons podem alterar a conformação do DNA e interferir no processo de anelamento de primers na PCR, o que pode diminuir a eficiência do processo de amplificação e interferir na qualidade do perfil genético gerado. Entretanto, são necessários estudos voltados diretamente para a estrutura do DNA para confirmação da nossa hipótese. |