Estudo estereológico em rins de ratos pré-púberes e adultos submetidos a estresse crônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marchon, Roger Gaspar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12338
Resumo: O estresse é a resposta do organismo frente aos estímulos nocivos. Em situações de estresse, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é ativado, aumentando a secreção de cortisol e catecolaminas. Com isso, a homeostase do organismo pode ser afestada por mudanças fisiopatológicas, podendo gerar desequilíbrio do organismo frente ao estímulo estressor. A unidade funcional então, pode ser afetado por mecanismos endócrinos ligados ao estresse, o que pode comprometer as funções renais. Avaliar, por métodos estereológicos, os rins de ratos submetidos ao estresse crônico antes (pré-púberes) e após a puberdade (adultos), tanto imediatamente após fase de estresse, como de forma tardia. Foram utilizados 76 ratos Wistar machos, sendo quatro grupos submetidos ao estresse crônico e quatro grupos controles, subdivididos em grupos imediatos (submetidos à eutanásia 24h após a fase de estresse) e tardio (submetidos à eutanásia 6 semanas após o término da fase de estresse). Foram realizados os experimentos em animais com duas faixas etárias diferentes: quatro semanas de vida (ratos pré-púberes) e dez semanas de vida (ratos adultos). Para cada um destes grupos de animais submetidos ao estresse, foram também analisados grupos controle da mesma idade. Os animais submetidos ao estresse crônico ficaram restritos à movimentação, diariamente pela manhã, durante seis semanas por duas horas. Já os animais dos grupos controles foram mantidos em gaiolas, porém sem alimentação e sem água por duas horas diárias, também durante o período da manhã. Após a eutanásia, os rins foram fixados em formalina tamponada a 3,7%, processados e incluídos em parafina. Foram avaliados o peso e volume renais, a densidade volumétrica glomerular (Vv[Glom]), o volume glomerular médio (VWGV) e o número de glomérulos por rim. Os dados foram comparados pelo teste t de Student não pareado, considerando p<0,05 como significativo. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob o número de protocolo CEUA/007/2018. O peso e volume renais apresentaram diminuição de 10,8 e 9%, respectivamente no grupo estresse crônico pré-púbere imediato (EI4) em relação ao seu controle (CI4). Quanto a relação córtex/não-córtex o grupo EI4 demonstrou um aumento de 4,4% da região cortical quando comparado ao grupo controle CI4. Os grupos pré-púberes imediato e tardio apresentaram redução na Vv[Glom] em 17,4 (p= 0,0119) e 14,1% (p=0,0174) respectivamente, em relação aos seus controles. Já os animais estressados dos grupos adultos imediato e tardio tiveram uma diminuição na Vv[Glom] em 15,8 (p= 0,0142) e 13,6% (p= 0,0381) respectivamente, em relação aos seus grupos controles. Na avaliação do VWGV não foi encontrado diferença significativa. Quanto ao número de glomérulos por rim, o grupo pré-púbere imediato apresentou uma perda glomerular em relação ao seu controle de 20,9% (p= 0,0023). Resultado semelhante foi visto ao compararmos o grupo pré-púbere tardio com o seu controle, apresentando uma redução de 19,8% (p= 0,0082). Os animais adultos avaliados imediatamente e tardiamente à fase de estresse apresentaram redução no número de glomérulos por rim de 33,1% (p= 0,0003) e 16,6% (p= 0,0226) respectivamente, em relação aos seus controles. O estresse crônico leva a uma redução no número de glomérulos e não há progressão da perda com a interrupção do estímulo estressor.