Justiça, moralidade e amor: aspectos do reinado de D. Pedro I de Portugal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matos, Luiz Paulo Labrego de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6883
Resumo: Este trabalho propõe uma reflexão acerca dos aspectos relacionados à justiça, ao amor e às questões morais presentes na Crónica de D. Pedro I de Fernão Lopes. Trata-se de uma obra produzida na Baixa Idade Média portuguesa, escrita por Fernão Lopes no século XV, tendo por assunto os dez anos em que reinou o amante de D. Inês de Castro no século XIV (1357 1367). Essa crônica lopeana, a menor das três de sua autoria indiscutível, versa basicamente sobre três grandes temas: a justiça cega do rei português, o seu amor por Inês de Castro e o perfil do cruel rei Pedro de Castela. No primeiro capítulo desta dissertação, além de uma súmula sobre a vida, a obra e o contexto de produção do autor, há uma breve introdução acerca das principais teorias historiográficas e retóricas utilizadas como ferramentas para a análise da obra. Trata-se especificamente de aspectos da arte retórica na Grécia, em Roma e na Europa medieval e as suas contribuições para o processo de criação de Fernão Lopes. Ademais, há também uma concisa explanação acerca das principais características da teoria da Nova História. No segundo capítulo, aborda-se a questão da justiça, relacionada com a moralidade, e as suas implicações na construção imagética do rei lusitano. Analisa-se a justiça empregada pelo monarca português e o contraponto habilmente estabelecido na crônica com o rei de Castela, bem como a relação amorosa entre Pedro de Portugal e a aia castelhana Dona Inês de Castro. Tem-se, pois, na justiça a questão central tanto da crônica quanto do presente trabalho, vista em suas correlações com a moralidade e o amor.