Caracterização dos mecanismos de resistência aos antimicrobianos em cepas de enterobactérias isoladas de carcaças de frango comercializadas na cidade do Rio de Janeiro

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Matos, Jorge Gonçalo Caldeira Nunes de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
• Palavras-chave em Português: Chicken meat; Enterobacteriaceae; Antimicrobial resistance; Antimicrobial resistance genes; Pulsed-field Gel Electrophoresis; Plasmid Replicon Typing; Carne de frangos; Resistênciaaos antimicrobianos; Genes de resistência aos antimicrobianos; Eletroforese em Gel de Campo Pulsado; Tipagem de plasmídeos; Enterobactérias; Análise de alimentos; Galinhas; Carne Análise; Resistência microbiana a medicamentos; Saúde pública; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA::MICROBIOLOGIA APLICADA::MICROBIOLOGIA MEDICA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14340

A carne de frango é um dos alimentos mais consumidos no mundo e no Brasil o seu consumo tem aumentado. Por esta razão se julga crucial um profundo conhecimento das consequências para a saúde publica do consumo desse alimento. Sabe-se que a existência de cepas de enterobactérias na carne de frango é comum e a legislação brasileria permite um valor de 104NMP/g de coliformes termotolerantes na carne de frango. Adicionalmente, cepas de enterobactérias possuindo mecanismos de resistência nesta comodidade é um fato já bem relatado. No entanto, um conhecimento sobre os determinantes de mecanismos de resistência existentes em enterobactérias neste alimento e qual a capacidade de disseminação desses determinantes, é ainda pouco estudado, principalmente em países de média/baixa renda. Posto isto, este estudo teve por objetivo estudar a resistência antimicrobiana em enterobactérias presentes neste alimento, além de determinar a qualidade microbiológica da carne de frango disponível no varejo do Rio de Janeiro. Foram coletadas 45 carcaças de frango (amostras) em 3 mercados, dois de Vila Isabel e um da Tijuca e o nível de coliformes totais e termotolerantes presentes nessas amostras foi obtido através da técnica do NMP. A técnica de espectrometria de massa (MALDI-TOF) foi utilizada para identificar as espécies existentes nessas amostras e através do teste de susceptibilidade aos antimicrobianos (TSA) foi possível determinar a susceptibilidade a 27 antimicrobianos. Posteriormente, técnicas moleculares, permitiram determinar os genes de resistência presentes nas cepas e identificar algumas das famílias de plasmídeos existentes. Complementarmente, as cepas de E. coli foram submetidas a tecnica Pulsed-Field Gel Electrophoresis (PFGE) para determinar sua relação genética. Todas as 45 amostras estavam em conformidade com a legislação brasileira (RDC Nº 12/2001). Foram identificadas 157 cepas de enterobactérias de 9 gêneros e 12 espécies, sendo a espécie prevalente a E. coli. Da totalidade de cepas isoladas, 94,3% apresentou não susceptibilidade a pelo menos um antimicrobiano, sendo 31,8% MDR. O gene prevalente foi o qnrB e as famílias de plasmideos IncB/O e IncI1. A carne de frango a venda no varejo no Rio de Janeiro apresenta uma grande variabilidade de enterobactérias carreando uma vasta gama de determinantes de resistência, demonstrando assim a necessidade de uma atenção especial voltada para este alimento por parte de produtores, legisladores e consumidores.