Onde estão as crianças da Carochinha? Uma investigação na relação pesquisador/criança na produção de conhecimento de uma creche universitária
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10717 |
Resumo: | Encontrar as crianças na produção de conhecimento elaborada na e pela relação universidade e infância, nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, que se desenvolveram nas creches universitárias paulistanas, em especial a Creche Carochinha, no período de 1989 2012 foi o objetivo pelo qual se debruçou a pesquisa de mestrado em educação inscrita neste texto. Neste processo, o trabalho de pesquisa se constituiu em uma abordagem qualitativa, tendo a leitura contemplativa e a tradução responsiva como metodologias para a investigação e análise dos 107 documentos que constituem o corpus, identificados ao longo do texto como os tesouros da Carochinha . A partir da rememoração do contexto histórico em que as creches universitárias paulistanas foram criadas, destacou-se a Creche Carochinha tendo seus pesquisadores e profissionais como personagens protagonistas neste enredo. A tradução responsiva revelou a presença alteritária das crianças e da infância em grande parte dos trabalhos lidos contemplativamente, assim como novas configurações para o olhar exotópico, criado pelos pesquisadores através do olhar microgenético, da incompletude motora e dos campos interativos, conceitos que elaboraram ao investigar o desenvolvimento infantil, as interações, os arranjos espaciais e os processos de inserção, temas tratados com maior intensidade nos tesouros da Carochinha. A tradução responsiva revelou, também, que novos diálogos podem ser propostos a partir desta dissertação, no que tange às marcas culturais que conferem sentidos singulares às crianças e à infância, percebidas, nesta pesquisa, como rastros não capturados, pois ao falarem de questões como gênero, raça, condição socioeconômica, configurações familiares, relacionando-as às crianças como sujeitos nas investigações, os pesquisadores da/na Carochinha não enunciaram os tensionamentos que poderiam conferir aos discursos sentidos muito mais potentes. Contudo, a tradução responsiva pode permitir um lugar de protagonismo às creches universitárias como um espaço fértil na produção de conhecimento sobre as crianças, a infância e a educação infantil, questão fundamental para o Grupo Infância e Saber Docente, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPED) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), do qual esta pesquisa faz parte, coordenada pela Profª Dra. Ligia M. M. L. de Aquino. Em conjunto com os pesquisadores da Carochinha, autores dos trabalhos investigados, participaram como interlocutoras teóricas as vozes de Mikhail Bakhtin (2011, 2010, 1993) e seus leitores como Amorim (2004), Brait Org. (2012, 2006), Passos (2014), Ribes Pereira (2014, 2010), Jobim e Souza & Porto e Albuquerque (2012), em um diálogo atravessado, também, em Walter Benjamin (1987 a, 1987b) e outros pesquisadores da infância, da educação e da educação infantil |