Avaliação da fibrose hepática em pacientes portadores de psoríase em uso de metotrexato por meio da elastografia hepática transitória
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23022 |
Resumo: | O Metotrexato (MTX) é amplamente utilizado no tratamento da psoríase moderada a grave e artrite psoriásica. Um dos seus efeitos adversos mais preocupantes é a hepatotoxicidade, pela possibilidade de indução de cirrose hepática. Existem algumas opções para monitorização desta droga, sendo que a biópsia hepática (BH) é o padrão ouro para detecção de fibrose hepática. Alguns consensos a indicam de rotina quando se atinge a dose acumulada (DA) de 3,5 a 4g. A BH por agulha, além de ser um método invasivo, apresenta limitações técnicas. Por isso, atualmente a elastografia hepática transitória (EHT) vem sendo cada vez mais utilizada para se estimar o grau de fibrose de maneira não invasiva, com resultados confiáveis. Este trabalho tem por objetivo avaliar a presença de fibrose hepática em pacientes portadores de psoríase por meio da EHT e sua relação com a DA de MTX; correlacionar o índice de massa corpórea (IMC) de acordo com resultado da EHT; e avaliar a bioquímica hepática de acordo com o resultado da EHT. Para tal, foram selecionados pacientes com psoríase, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, em uso de MTX, fototerapia ou tratamento tópico e que não estivessem em uso de acitretina, ciclosporina ou imunobiológico. Todos foram encaminhados para a realização da EHT, num único momento durante o estudo. A EHT foi realizada utilizando-se o Fibroscan®, sendo um resultado maior ou igual a 7,9 compatível com fibrose avançada e maior ou igual a 11,5 compatível com cirrose. Avaliou-se também o parâmetro de atenuação controlada (PAC), FIB-4 e exames laboratoriais. A amostra final foi composta por 108 pacientes: 38 em uso de MTX com DA entre zero e 3,5 g; 31 em uso de MTX com DA maior que 3,5 g; e 39 que não estivessem em tratamento sistêmico para tal, como grupo controle. Não houve correlação significativa (p=0,612) entre a DA de MTX e o grau de fibrose hepática. Quando realizada a análise multivariada do valor da EHT com os fatores de risco, o único com significância estatistica foi o IMC (coeficiente: 0,217; p=0,026) e, na regressão logística para o desfecho de grau de fibrose hepática, houve significância estatística, onde IMC é um fator significante no efeito do grau de fibrose hepática (OR=1,18 com p=0,006). Na avaliação do modelo da bioquímica hepática de regressão logística para o desfecho de grau de fibrose hepática, não foi observado significância estatística. Portanto, deve-se levar em consideração a presença de obesidade como fator de risco para fibrose hepática, sendo este provavelmente mais importante do que a DA de MTX. |