Avaliação experimental da retração em concretos com substituição do agregado graúdo natural por agregados reciclados
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16616 |
Resumo: | O setor da construção civil é uns dos setores responsáveis por gerar grandes vultos de resíduos e estes, por muitas vezes, são descartados em locais inapropriados. Além disso, construção civil requer ao longo de toda a cadeia produtiva uma grande quantidade de matéria prima natural. Diante da necessidade de reduzir os impactos causados pelo setor da construção, inúmeros pesquisadores têm estudado o comportamento do concreto quando este é confeccionado com a substituição do agregado natural pelo agregado reciclado. As pesquisas realizadas pela comunidade científica apontam a viabilidade na utilização de agregados reciclados em concretos com fins estruturais porém, pouco se conhece sobre o comportamento a longo prazo desses concretos. Fenômenos como a retração e a fluência fazem com que as estruturas em concreto se deformando ao longo do tempo. A retração, ao contrário da fluência, faz com que os elementos se deformem ainda que estes elementos não se encontrem submetidos a esforços e essas deformações podem ocasionar o surgimento de fissuras de retração, implicando no comprometimento da durabilidade da estrutura. Assim, diante da importância deste fenômeno, este trabalho tem como objetivo determinar experimentalmente a magnitude da retração autógena e da retração por secagem em concretos de classe de resistência C60 e C40 e em concretos confeccionados com a substituição do agregado natural por agregado graúdo reciclado de concreto (RCA) e agregado graúdo reciclado de tijolo (RMA). Para estudar a retração desses concretos, foram conduzidos ensaios experimentais de acordo com a ABNT NM 131 (1997) e ASTM C157 (2017) em concretos de 60MPa produzidos com cimento CP II e CP V, concreto de 40MPa confeccionado com cimento CP II e com fator água/cimento de 0,35 e 0,38, em um traço de concreto de 40MPa com a substituição do agregado graúdo natural por 25%, 50%, 75% e 100% por RCA e por RMA. Os valores obtidos experimentalmente foram comparados com os valores indicados para concretos convencionais pela norma ABNT NBR 6118 (2014) e pelos códigos CEB-fip (2010), Eurocode 2 (2004) e ACI209.2R (2008). Posteriormente, os valores de retração obtidos nos concretos com reciclados foram comparados com os valores encontrados por Lye et al. (2016) e Silva et al. (2015) e estes também foram confrontados com as equações indicadas por Lye et al. (2016). Foi conduzida uma análise de covariância (ANOVA) dos grupos de concretos produzidos a fim de identificar as diferenças entre os concretos produzidos. Nesta análise foi possível identificar que a resistência do concreto e o tipo de cimento influenciaram na magnitude da retração, já a diferença no fator água cimento de 0,35 para 0,38 não implicou em diferença significativa. Por meio de regressões lineares, foram obtidas equações que melhor representem o comportamento da retração autógena e da retração por secagem dos concretos produzidos. Por meio dessas equações foram determinadas as aberturas de fissuras em uma laje de concreto utilizando a metodologia de cálculo propostas por Gilbert e Nejadi (2004), viabilizando na identificação da quantidade ideal de armadura a ser adotada nessas lajes para combater a retração. |