A construção do gênero nas relações amorosas: um estudo com mulheres transexuais jovens e o processo de feminização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Machado, Brena O'dwyer Spina da Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4362
Resumo: A transexualidade vem sendo tratada pela medicina, especialmente a psiquiatria, como um transtorno mental. Em contraposição, as ciências humanas, principalmente os estudos de gênero, questionam esta classificação. O presente estudo buscou abordar a transexualidade a partir da crítica à patologização de identidades de gênero que operam fora do modelo binário que associa diretamente sexo anatômico e gênero. A transexualidade é uma experiência complexa e diversa, cuja análise pode ajudar na compreensão da importância da identidade de gênero na sociedade ocidental contemporânea. Foi realizado um estudo qualitativo no qual quatro jovens transexuais entre 18 e 22 anos foram entrevistadas. As entrevistas foram realizadas de forma presencial e virtual, estas se desdobraram em vários contatos. O estudo das relações afetivos-amorosas e sexuais pode esclarecer aspectos importantes sobre a construção da identidade de gênero. A pesquisa procura entender, a partir do relato de mulheres transexuais jovens, como o gênero é construído nas relações amorosas e nos procedimentos de modificação corporal. Buscou-se descrever a partir da narrativa nativa o processo de feminização; investigar como foi o acesso a serviços de saúde e analisar as variadas maneiras de lidar com a transfobia nas relações amorosas. Os resultados indicam mecanismos e estratégias utilizados pelas jovens para lidar com rejeição e estigmatização dentro das relações como; a passabilidade , publicização da identidade e adequação a normas corriqueiras de gênero.