Fé e Saber: Uma articulação entre Hegel e Habermas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22599 |
Resumo: | A oposição entre a fé e o saber é um tema incontornável no interior do debate sobre qual seria uma correta interpretação da modernidade. Uma abordagem interpretativa que se estabeleceu no Ocidente – tão fortemente ligada ao legado iluminista – acabou por sedimentar uma postura que reputa o discurso religioso como destituído de qualquer valor epistêmico na medida em que considera a eclosão da época moderna como uma vitória progressiva da razão esclarecida sobre a fé. Contudo, como todo autêntico debate não possui univocidade de perspectivas, o presente empreendimento dissertativo apresenta uma alternativa ao posicionamento iluminista a partir de uma articulação entre dois grandes nomes da tradição filosófica: Friedrich Hegel e Jürgen Habermas. Através de uma análise comparativa das obras hegelianas Diferença entre os sistemas filosóficos de Fichte e Schelling, de 1801, e Fé e saber, de 1802, com os escritos habermasianos Fé e Saber, de 2001, e Entre naturalismo e religião, de 2005, a dissertação tomou como objetivo mais amplo explicitar o quanto o pensamento de Jürgen Habermas pode ser encarado como a expressão pós-metafísica de uma filosofia integralista, porém diferenciadora – aspectos esses que definem a abordagem hegeliana da tensão entre a fé e o saber. Os resultados obtidos com as investigações executadas tornaram patente a percepção da influência exercida pela noção hegeliana referente ao pensar a filosofia como um esforço da razão pela superação das cisões produzidas pelo entendimento esclarecido no interior da tese habermasiana a favor de uma mentalidade pós-secular que se autocompreende como estando entre o secularismo e o fundamentalismo religioso. |