A arte do cuidado na clínica social em psicologia: questionamentos, provocações e atravessamentos ético-políticos

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Araujo, Erika da Silva
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
• Palavras-chave em Português: Care; Social clinic; Actor-Network Theory; Clinical psychology; Ethics; Cuidado; Clínica social; Teoria ator-rede; Psicologia clínica; Ética; CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17156

Partindo das provocações que a combinação das expressões “cuidado” e “clínica social” convidam, caminhamos nessa tese buscando as associações que sustentam esse fazer, contextualizando-as no cenário brasileiro contemporâneo. Fazemos isso partindo das práticas, principalmente, das práticas de divulgação nas mídias sociais sobre essas formas de atuação profissional. A Teoria Ator-Rede e os estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade nos dão uma direção metodológica nesse trabalho, especialmente, os estudos de autoras que dialogam com as demandas feministas como María Puig de La Bellacasa, Donna Haraway, Isabelle Stengers, Vinciane Despret e Annemarie Mol. Reconhecemos, a partir desses estudos, a importância de pesquisas que se sustentem nas práticas situadas, vividas, valorizando as histórias onde o pessoal também é político, acreditando que toda forma de pesquisar e cuidar provoca deslocamentos ético-políticos. Portanto, a pesquisa apresentada é indissociável do percurso da pesquisadora, em suas diferentes formas de produzir ciência. Eventos ocorridos durante o doutorado, desde as crises econômicas que afetaram o Estado do Rio de Janeiro até a Pandemia de COVID-19, iniciada em 2020 e ainda em andamento, nos convocam a pensar a importância da discussão do cuidado, enquanto ética para além de uma normatividade nos espaços de formação em psicologia. Destacamos também a responsabilidade, as associações inusitadas entre humanos e não humanos, bem como os impactos dessa prática na clínica psicológica e social. Como expressão de nossa construção metodológica, escolhemos a arte de pintar com aquarela que nos acompanhou na feitura dessa tese, tornando-se uma linguagem de engajamento entre o lido, o vivido e o escrito.