Psicoterapia, uma “estrela solitária”? Outras versões dessa prática sob o enfoque da Teoria ator-rede

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Lívia Maria Bione Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18330
Resumo: Podemos afirmar a psicoterapia como uma prática solitária enquanto versão hegemônica, na formação de psicólogos e psicoterapeutas? A proposição que guia essa pesquisa é investigar a ideia tão difundida entre psicólogos de que a psicoterapia é uma prática solitária. Sem pretensão de chegar a um simples sim ou não, ou a um verdadeiro ou falso, essa pesquisa, objetiva seguir com essa questão em suas múltiplas versões. Inspirada pelas pesquisas em Cosmologia do cientista brasileiro Marcelo Gleiser, essa investigação tem as estrelas como metáfora, firmando, com isso, uma política de escrita que marca a articulação da nossa existência como parte de uma totalidade, como intrinsecamente relacionada à todas as formas de vida existentes. Além, essa escrita se fundamenta com a Teoria Ator Rede (TAR), com os estudos das pesquisadoras feministas, com o enfoque ético-político do pesquisarCOM (Moraes, 2010) e pela estética da pesquisa como processo artesanal (Quadros, 2015). A versão da psicoterapia como prática solitária é articulada, nessa pesquisa, com quatro histórias que emergiram no e com o campo: a história de uma estrela solitária, a história de estrelas articuladas, a história de uma estrela situada e a história de uma estrela silenciosa. Acompanhando as vinculações e os embates entre os atores, a pesquisa caminha com tais histórias em suas associações, estabilizações e desestabilizações. Com cada uma dessas histórias, o que está em jogo é a possibilidade de ampliar a percepção acerca da versão da psicoterapia como prática solitária e acessar muitas outras versões que a acompanham. Com o curso da pesquisa, foi possível perceber que a versão da psicoterapia como uma prática solitária é performada das mais variadas formas, ela se sustenta vinculada com diversas versões, algumas delas bem distintas entre si. Cada uma dessas versões é performada pela relação de aspectos culturais, históricos, sociais, econômicos, políticos, entre outros. E, nessa pesquisa, foi possível conhecer e explorar algumas delas. A pesquisa finda com um convite àqueles que, também sensibilizados com a versão da psicoterapia como uma prática solitária, quando se depararem com tal versão aqui e acolá, possam se lembrar dessa jornada inspirada com as estrelas.