A Patrulha Rede De Frente - Mulher Protegida e os Grupos Reflexivos de Homens (GRH): instrumentos de acesso à justiça para as mulheres em situação de violência doméstica na Comarca de Barra do Garças/MT
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20907 |
Resumo: | A violência doméstica é problemática sociocultural decorrente do sentimento de propriedade do homem sobre a mulher, essência do patriarcado. Os direitos femininos somente foram incluídos na pauta social no Século XX, depois do surgimento de diversas campanhas feministas e crimes inimagináveis, especialmente, de feminicídio. A Lei Maria da Penha foi editada após o Brasil ter sido declarado negligente com os casos de violência doméstica pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, legislação que fomentou a ampliação de políticas públicas com o objetivo principal de combate à violência. Em âmbito regional, a Rede de Frente é o resultado da soma de esforços de diversas instituições públicas e privadas, que possibilitou a estabilização dos índices de violência doméstica na região. Desta forma, por meio de pesquisa quali-quantitativa, enriquecida com discussão bibliográfica, buscou-se demonstrar a efetividade de projetos regionais para o cumprimento da Lei Maria da Penha, como meio de acesso à justiça, como propagado por Cappelletti e Bryan. Em Barra do Garças/MT, foi criada a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica contra a Mulher, com o desenvolvimento do Grupo Reflexivo para Homens (GRH) e a Patrulha Rede de Frente – Mulher Protegida, projetos que estabilizaram os índices de violência doméstica na cidade, tanto pelas ações de sensibilização quanto pela efetividade das respostas dadas após a violência. Tal instituição contribuiu efetivamente para a estabilização da violência doméstica regional, de modo que se for implementada como política pública, com recursos próprios, poderia ser ainda mais assertiva em proteger as vítimas de seus agressores. A Rede de Frente é meio complementar à prestação jurisdicional que melhor ampara as vítimas, atendendo aos anseios de Cappelletti e Bryan, de se universalizar a acesso à justiça, com a devida equidade, essencial ao caso analisado. |