Tornar-se: Literatura infantil e educação antirracista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vinco, Sônia Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10298
Resumo: A lei 10 639/03 institui a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira, nos níveis fundamental e médio, em todas as redes de ensino, preconizando a Literatura como uma das três principais áreas onde esse trabalho deva ser feito. Esta pesquisa, focando as práticas no cotidiano escolar das aulas de Literatura dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, no Campus São Cristóvão I do Colégio Pedro II, analisa a interação entre estudantes e textos literários provocada pelas aulas. Visa a observar os modos pelos quais a interpretação coletiva dos textos literários, realizada no trabalho, potencializa os processos identitários de crianças negras e não negras, e estes são um eterno tornar-se. O fato de o currículo em questão conter também textos que englobam, em sua centralidade, aspectos das culturas afro-brasileiras e africanas confere o necessário protagonismo do negro e propicia, através da mediação, desvelar/discutir com as crianças o racismo estruturante da cultura brasileira. Além disso, por interrogar estereótipos, refletir sobre preconceitos, evidenciar intolerâncias, os diálogos propiciados por esses textos se mostram potentes para produzir deslocamentos importantes nos modos de ser e agir dos sujeitos. Urdindo-se um trançado discursivo com os fragmentos de real selecionados na observação participante de aulas e em conversas com as professoras e crianças, a importância de um trabalho que traga aos sujeitos possibilidades de perguntas, e mesmo de respostas, emancipatórias sobre si mesmos e sobre o mundo se revela imprescindível ao projeto de superação do racismo representado, na educação, pela Lei 10.639/03