Dona Leopoldina e Dom Pedro I na cultura das mídias: performances de gênero em foco
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17447 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo investigar as performances de gênero de Dona Leopoldina e Dom Pedro I em suas representações midiáticas ficcionais no cinema e na televisão. Tendo atuado de forma decisiva nos episódios que levaram à Independência do Brasil, Dona Leopoldina e Dom Pedro I ocupam uma posição de exemplaridade em narrativas históricas e midiáticas sobre a construção do Brasil. Essas narrativas reproduzem papéis sociais que são cultural e historicamente ligados às ideias de feminino ou masculino, ecoando o sistema binário de gênero herdado do período colonial. Partindo da centralidade da mídia como produtora de sentidos ligados às identidades de gênero, analisam-se quatro produções audiovisuais que apresentam o casal de monarcas como personagens: Independência ou Morte, Marquesa de Santos, O Quinto dos Infernos e Novo Mundo. Técnicas de análise da comunicação narrativa foram empregadas no intuito de compreender representações e performances de gênero dos dois personagens nas quatro produções que compuseram o corpus do estudo. A base teórica do trabalho, compreendendo referências sobre representações sociais, cultura das mídias, narrativas e performances de gênero, forneceu pistas para uma análise crítica sobre os papéis performados por Pedro e Leopoldina nas mídias audiovisuais. Produzidas em períodos diversos, as produções estudadas deram a ver aspectos contextuais e temporais que revelam mudanças nas dinâmicas identitárias e nas práticas sociais de gênero no Brasil, durante as últimas décadas. Os dados coletados demonstraram narrativas em que, apesar dos alinhamentos culturais a cada época, são reproduzidas performances de gênero que refletem relações e estruturas colonialistas de gênero, dentro do binarismo feminino/masculino. Dessa forma, Pedro e Leopoldina exercem condições de masculinidade e feminilidade exemplares que reforçam discursos machistas, nos quais a atuação feminina é subalternizada ou invisibilizada. As representações midiáticas do casal se constroem de acordo com lógicas que, desde o tempo de colônia, se renovam discursivamente e se perpetuam no Brasil, fazendo sobreviver em novas roupagens antigas formas de dominação e hegemonia masculina, branca e heterossexual. |