Processos petrogenéticos e geodinâmicos relacionados às seções magmáticas de poços na Bacia de Santos
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23668 |
Resumo: | A Bacia de Santos é uma bacia de margem passiva localizada na margem sudeste do Brasil e detém as maiores reservas de óleo e gás do país. Eventos magmáticos vulcânicos e plutônicos são registrados nas fases rifte, pós-rifte e drifte da bacia. Este trabalho apresenta dados petrofísicos e petrográficos de seções magmáticas dos poços 6-BG-6P-SPS, 3-BRSA-1267A-RJS e 1-BRSA-886-RJS no intervalo pré-sal da Bacia de Santos, bem como novos dados geoquímicos, isotópicos e geocronológicos de amostras de rochas magmáticas do poço 6-BG-6P-SPS. A correlação entre os dados petrográficos e petrofísicos permitiu a identificação de eventos vulcânicos explosivos e efusivos félsicos e efusivos máficos no poço 6-BG-6P-SPS. Este é o primeiro registro de magmatismo félsico na Bacia de Santos. Adicionalmente, identificou-se ocorrência de vulcanismo subaquoso no poço 3-BRSA-1267A-RJS e magmatismo intrusivo pré-Albiano com feições cumuláticas no poço 1-BRSA-886-RJS. O poço 6-BG-6P-SPS registra eventos vulcânicos com idades entre 135 e 121 Ma. As rochas máficas e félsicas deste poço são subalcalinas, com afinidade toleítica. A análise de processos evolutivos indicou que as rochas vulcânicas ácidas e básicas do poço 6-BG-6P-SPS não são cogenéticas por cristalização fracionada ou AFC. A modelagem de processos evolutivos mostrou que pelo menos uma suíte básica evoluiu por cristalização fracionada com assimilação da crosta superior até composições intermediárias. A origem das rochas ácidas foi atribuída a processos de fusão parcial da crosta superior félsica. A modelagem de fusão parcial do manto permite concluir que a gênese das rochas básicas menos evoluídas e não contaminadas está relacionada a fontes mantélicas litosféricas e sublitosféricas de diferentes composições. As composições isotópicas (Sr-Nd-Pb) das rochas vulcânicas básicas, intermediárias e ácidas são condizentes com a participação de componente enriquecido do tipo EMII do manto litosférico subcontinental. A origem deste componente enriquecido foi atribuída aos processos de subdução dos vários ciclos de Wilson que culminaram com a amalgamação do Gondwana no Proterozoico e início do Fanerozoico. A modelagem de mistura binária corrobora a participação dos reservatórios mantélicos tipo pluma de Tristão da Cunha e EMII. Episódios de dois eventos vulcânicos máficos e félsicos registrados no poço 6-BG-6P-SPS impuseram diferentes regimes térmicos desde o Hauteriviano até o Aptiano que podem explicar algumas das características dos sistemas petrolíferos do pré-sal da Bacia de Santos. |