Petrogênese, evolução magmática do complexo alcalino do morro de São João, sudeste do Brasil, e suas implicações na evolução da plataforma Sul-Americana
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23515 |
Resumo: | O Complexo Alcalino Morro de São João, de idade meso-cenozoica, é uma intrusão alcalina de aproximadamente 10 km², localizada no Alinhamento Alcalino Poços de Caldas – Cabo Frio, e intrudida no Terreno Cabo Frio, da Orogenia Ribeira. O complexo é composto por rochas metaluminosas, ultrabásicas a intermediárias, potássicas a ultrapotássicas, insaturadas em SiO₂ e, ocasionalmente, seccionadas por rochas insaturadas hipoabissais, associadas ou não à pseudoleucita. As rochas do Morro de São João são ricas em nefelina, álcali-feldspato (Or97,08Ab2,02An0,90) e minerais titaníferos e cálcicos. Razões (Dy/Yb)N vs. (La/Yb)N indicam que a fusão parcial geradora do complexo se deu cerca de 1% de um espinélio-peridotito com granada. As razões isotópicas indicam que tal fonte é resultado de uma mistura de até 71 % do membro-final de EM I, com influências de DMM (14 %) e HIMU (14 %). A evolução magmática do complexo não foi conduzida exclusivamente por cristalização fracionada; a diversidade mineralógica e litológica observada reflete processos complexos de assimilação crustal e mistura magmática. A evidência desses processos é fornecida pelas altas proporções de 87Sr/86Sr, Ba/Sr e Rb/Sr, bem como pelas baixas proporções de P2O5/K2O, além de texturas minerais distintas, como zoneamento composicional em cristais de granada e clinopiroxênio, texturas poiquilíticas em anfibólios e modelagem geoquímica de elementos traços que sugerem que o nefelina-monzosienito, um membro híbrido do complexo, contém até 32% de contribuição máfica da malignito. Assinaturas magnetométricas revelam que o complexo apresenta, em subsuperfície, até oito anomalias magnetétricas, e que são interpretadas como múltiplas intrusões com assinaturas distintas. Tal interpretação corrobora com a hipótese de que sua evolução magmática envolveu a interação de duas ou mais câmaras magmáticas. Adicionalmente, o processamento de dados magnetométricos revelou que, no momento da cristalização, o complexo encontrava-se sob o fenômeno global da geomagnetização reversa, que, em conjunto com as assinaturas isotópicas, sustenta a hipótese da existência de uma pluma mantélica fornecendo calor para a gênese do complexo |