Efeitos do exercício físico resistido na modulação autonômica cardíaca e na capacidade funcional de pacientes renais crônicos em hemodiálise
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20972 |
Resumo: | Pacientes com doença renal crônica (DRC) frequentemente são acometidos por limitações funcionais decorrentes da doença renal, acrescido ao estilo de vida sedentário da maioria deles. Os programas de fortalecimento muscular intradialítico, embora pouco estudados e com protocolos variados, são capazes de promover melhoras fisiológicas, funcionais e psicológicas nestes pacientes. Deste modo, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de exercício resistido intradialítico sobre a modulação autonômica cardíaca e a capacidade funcional de pacientes com DRC. Foram analisados 41 indivíduos renais crônicos que realizavam hemodiálise no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) e no Centro de Nefrologia do Maranhão (CENEFROM), sendo divididos em Grupo Intervenção (GI) (intervenção por exercício físico) e Grupo Controle (GC) (acompanhamento). Os participantes foram submetidos a anamnese, registro de exames laboratoriais, avaliação da qualidade do sono e dos níveis de ansiedade e depressão, eletrocardiograma de repouso para análise da variabilidade da frequência cardíaca, mensuração da força de preensão palmar e realização do teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). O GI realizou o protocolo de 12 semanas de treinamento físico intradialítico, com frequência de três vezes por semana. Ao término das 12 semanas os participantes de ambos os grupos (GC e GI) foram submetidos a reavaliação. Não houve diferenças estatísticas em relação ao sexo e idade nos grupos controle e intervenção. Foi verificado aumento da força de preensão palmar (kgf) 23,05 ± 6,04 vs 30,05±7,56 (p=0,001) e aumento da distância percorrida no TC6M (m) 374,60 ± 45,26 vs 444,10 ± 49,79 (p<0,0001), no grupo submetido ao treinamento físico. Na análise da variabilidade da frequência cardíaca houve melhora da modulação autonômica cardíaca no grupo intervenção (treinamento físico), com aumento do predomínio parassimpático (SDNN p=0,0004, RMSSD p<0,0001, SD1 p=0,03, SD1/SD2 p=0,0003). No grupo controle 15% dos participantes apresentaram distúrbios do sono e no grupo intervenção 13%. Não houve alteração na qualidade do sono em ambos os grupos antes e após 12 semanas, no entanto notou-se redução dos níveis de ansiedade em ambos os grupos (p<0,05), sendo mais acentuado no grupo intervenção. Não foi verificado diferença estatística no escore de depressão, antes e após o período do estudo. Não houve alterações nas variáveis bioquímicas antes e após 12 semanas de exercício intradialítico (p>0,01). Baseado nestes resultados, é possível concluir que o exercício resistido realizado na fase intradialítica é uma estratégia terapêutica eficaz para pacientes com DRC, principalmente por aumentar a capacidade funcional e melhorar a modulação autonômica cardíaca |