Efeitos de um programa de exercícios físicos de força sobre o estresse oxidativo em pacientes sob hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barboza, Jorge Eduardo dos Santos Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9126
Resumo: Estresse oxidativo, inflamação e baixos níveis de óxido (ON) nítrico são achados comuns em pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD) e estão associados ao processo de aterosclerose e ao risco aumentado de mortalidade cardiovascular. Embora até o presente momento não exista nenhum trabalho mostrando os efeitos do exercício de força em pacientes com DRC em HD sobre a atividade das enzimas antioxidantes e combate ao estresse oxidativo, esse tipo de exercício tem sido proposto como terapia coadjuvante para tais pacientes. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos de um programa de exercício físico de força intradialítico no estresse oxidativo em pacientes renais crônicos em HD. Foram incluídos nesse estudo 44 pacientes em programa regular de HD, sendo que 25 pacientes (14 homens, 46,1±16,3 anos e 71,2±42,2 meses de HD) compuseram o grupo exercício e, 19 pacientes (7 homens, 46,8±12,5 anos e 67,4±51,7meses de HD) o grupo controle. O programa de exercícios de força (realizado com faixas elásticas e caneleiras em ambos os membros inferiores) foi realizado durante as sessões de HD, 3 vezes por semana totalizando 36 sessões de exercícios. Foram analisadas antes e após o treinamento, os níveis plasmáticos de nitrito, proteína C reativa, superóxido desmutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) pelo método ELISA. A qualidade de vida foi analisada pelo questionário SF-36 e além disso, também foram avaliadas a antropometria e ingestão alimentar desses pacientes. Para as análises estatísticas foram utilizados os testes t bicaudal de Student ou Mann-Whitney, analisados pelo programa SPSS versão 19.0. Após o período do estudo, os níveis de SOD reduziram tanto no grupo exercício (de 44,5±3,5 para 28,4±3,3U/mL p=0,0001) quanto no grupo controle (de 45,1±6,1 para 31,9 ±4,6U/mL, p=0,001), não houve alteração dos níveis de CAT em ambos os grupos, e os níveis de GPx aumentaram no grupo exercício (de 24,7 ±12,4 para 53,4±20,0 nmol/min/ml p=0,00001) e tiveram tendência à diminuição no grupo controle (de 26,0±5,3 para 20,6±7,7 nmol/min/ml p=0,06). No grupo exercício houve tendência ao aumento de ON (13,8±6,1μM para 14,6±6,9μM, p=0,05) e redução significativa no grupo controle (15,2±5,8μM para 11,6±4,4μM, p<0,03). Além disso, o grupo controle apresentou redução significativa da massa livre de gordura e aumento da massa gorda. A ingestão alimentar e estado nutricional não foram alterados após a intervenção em ambos os grupos. Os aspectos de qualidade de vida melhoraram após os exercícios físicos, o que não foi observado no grupo controle. Conclusões: Três meses de exercício de força parecem ser capazes de aumentar os níveis de GPx e preservar os níveis de ON, bem como a massa magra em pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise