A intersetorialidade no trabalho do(a) Assistente Social na garantia do direito à Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Figueredo, Ivanilda Vitoriano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18955
Resumo: O presente trabalho objetiva analisar criticamente as concepções e perspectivas de intersetorialidade elaboradas nas produções acadêmicas do Serviço Social na política de Saúde, vinculadas ao banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Diante da complexidade da realidade, da desarticulação entre os setores e da necessidade de enfrentamento ao agravamento das expressões da questão social, o debate da intersetorialidade vem ganhando destaque na agenda das políticas sociais. No entanto, ainda é permeado de desafios tanto no âmbito conceitual quanto interventivo. Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica, de cunho qualitativo, buscando caracterizar o estado da arte das teses e dissertações sobre o tema. Os resultados da pesquisa apontam que a intersetorialidade não se consolidou como diretriz estruturante de gestão e execução das políticas sociais. E no trabalho coletivo em saúde, os (as) assistentes sociais - em razão da formação, objeto de trabalho, capacidade técnica de apreensão e intervenção na realidade - vem sendo requisitados a atuar na articulação entre as políticas, setores, serviços socioassistenciais e profissionais, nas respostas às expressões da questão social. O Serviço Social tem avançado na discussão da temática pautado na concepção crítico-dialética, ao procurar correlacionar o tema aos processos sociais, a dimensão de totalidade e categorias da teoria crítica, ainda que persista uma tendência ao ecletismo. Os resultados apontam que a conceituação da intersetorialidade no âmbito do Serviço Social na saúde possui diferentes sentidos: na perspectiva de gestão, voltada à construção conjunta dos processos de planejamento, avaliação e execução entre os setores; também entendida enquanto mecanismo gerencial de eficiência e eficácia; de integralidade, relacionada à articulação dos diversos níveis de determinação do processo saúde-doença voltada à atenção à saúde e acesso aos diretos em uma dimensão de totalidade; de complementaridade entre setores, compreendida como articulação de saberes e experiências na resolução de questões complexas e também de trabalho em rede e integralidade, apontada como estratégia no atendimento integral as necessidades sociais. Portanto, a pesquisa evidencia que, mesmo com os inúmeros desafios, frente ao contexto de retração do Estado na área social, desmonte de direitos, precariedade do trabalho, os (as) assistentes sociais realizam articulações e ações intersetoriais e podem contribuir em sua construção na perspectiva crítica, visando à integralidade das ações e transformações teóricas, práticas e sociais.