O pânico moral no Rio de Janeiro: análise da cobertura dos eventos de violência de novembro de 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Pedro Henrique de Azevedo Cesario
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8983
Resumo: O objetivo desta dissertação é apresentar uma metodologia válida para investigar como quatro jornais do Rio, pertencentes a diferentes empresas, O Globo, o Extra, O Dia e o Meia-Hora de Notícias cobriram os eventos de combate entre o crime organizado e a polícia da quarta-feira 24 de novembro de 2010 até a segunda 29 de novembro de 2010. Pretendo avaliar como os êxitos e os reveses das ações policiais foram noticiados sob a perspectiva do Pânico Moral, suas etapas e categorizações. Além de pesquisar a tradição dos moral panic studies, procura-se referendar a adoção desta ferramenta conceitual e metodológica como possível e original na análise da cobertura criminal no Rio de Janeiro. Serão analisados também eventos de violência similar que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro no biênio 2002/2003 sob a ótica do Pânico Moral a partir do material empírico coletado dos jornais O Globo e O DIA. Conceitos complementares ao Pânico Moral como vítima virtual, territorialidade e euforia serão abordados na análise das etapas específicas do Pânico Moral de novembro de 2010. A aplicabilidade do conceito no contexto da violência urbana assim como sua intencionalidade difusa serão o cerne desta dissertação. Através de sua originalidade, este trabalho visa ampliar o campo de percepção e significação de como o público, Estado, imprensa e facções criminosas compartilham momentos de extrema tensão e militarização da violência urbana carioca. A forma como o noticiário criminal se constrói no Rio de Janeiro apresenta momentos em que se torna factível questionar se o conteúdo que está sendo veiculado está de acordo com a imparcialidade jornalística que muitos destes meios pregam em seus manuais de redação. Como o público do Rio de Janeiro reage ao emaranhado de tramas narrativas - envolta em sentimentos distintos tais como medo, insegurança, otimismo ou vingança - reflexos de um momento histórico particular no cotidiano de uma cidade amedrontada