[pt] DO LINDY HOP AO FUNK CARIOCA: REPRESENTAÇÕES DO PÂNICO MORAL NA CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DA JUVENTUDE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: DIANA VAISMAN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47003&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47003&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47003
Resumo: [pt] Das gangues urbanas aos estilos de música e dança extravagantes, das subculturas, com seus estilos espetaculares, à contracultura, o comportamento dos jovens ao longo do século XX desafiou, constantemente, o status quo. Assim, condensando medos e angústias relacionados ao questionamento da ordem social, nasceram diversos pânicos morais relacionados a práticas juvenis, entre essas, vários estilos de dança. O objetivo desse trabalho é refletir sobre a relação entre pânico moral e juventude por meio da dança, mais especificamente a partir do lindy hop e do funk carioca. A primeira parte da pesquisa apresenta a teoria do pânico moral a partir das obras de seus principais autores, Stanley Cohen, Stuart Hall et al e Erich Goode e Nachman Ben-Yehuda. Em seguida, é feita uma análise da relação existente entre as noções de desvio e juventude, buscando-se entender a importância da primeira no processo de construção social da segunda. Nessa parte, que tem Jon Savage, José Machado Pais, Ross Haenfler e Helena Abramo como principais referências, também são apresentados exemplos de pânicos morais motivados por práticas juvenis. Por fim, com base nas obras de Jon Savage, Kendra Unruh, Hermano Vianna e Micael Herschmann, entre outros, e em notícias publicadas pela imprensa, são analisadas as trajetórias do lindy hop e do funk carioca, duas danças que, embora nascidas em épocas e lugares diferentes, possuem um histórico semelhante, marcado pelo pânico moral que causaram. Duas danças nascidas em comunidades negras que, como tantas outras que fizeram sucesso ao longo do século XX, escandalizaram muitos na época de seu surgimento, mas que, apesar disso, ou por causa disso, ficaram muito populares entre jovens dos mais diferentes contextos sociais. Os anos passam, as gerações e os estilos de dança mudam, mas as críticas e os preconceitos continuam, o que confirma que esses pânicos não desaparecem completamente, eles apenas mudam de forma, uma vez que, embora pareçam direcionados a danças específicas, são, frequentemente, um reflexo do mesmo preconceito destinado aos criadores desses estilos.