Perfil clínico, laboratorial e epidemiológico de adolescentes e adultos jovens vacinados contra SARS-Cov-2 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20539 |
Resumo: | A pandemia da Covid-19 é uma das maiores tragédias da história, sendo uma das principais causas de morte no mundo nos últimos tempos. Apesar da mortalidade na faixa etária de adolescentes e adultos jovens ser relativamente menor do que na população adulta e de idosos, os impactos na vida desses indivíduos foram diversos. As vacinas são o principal instrumento de prevenção da Covid-19, sendo atualmente a forma mais eficaz de evitar a propagação do vírus e as formas graves da doença. No entanto, a cobertura vacinal ainda não é considerada satisfatória e pouco se conhece sobre as respostas e repercussões vacinais nesta população, principalmente a longo prazo. Este estudo observacional, longitudinal e não controlado teve como objetivo primário avaliar a resposta vacinal, a partir da incidência de casos de Covid-19, em adolescentes e adultos jovens, vacinados contra SARS-CoV-2. Também foram avaliados os perfis clínico, laboratorial e epidemiológico desta população, bem como a resposta imune após o esquema vacinal primário e as reações vacinais adversas. A população do estudo é composta por 699 participantes entre 12 e 24 anos, que procuraram o posto de vacinação da UERJ espontaneamente, no período de 18 de fevereiro de 2021 a 25 de agosto de 2022. Os participantes receberam duas doses de vacinas e foram avaliados clinicamente, através de questionários, e laboratorialmente, em 4 momentos distintos, até 90 dias após a segunda dose da vacina. Ocorreram 215 casos (30,8%) de Covid-19 ao longo do estudo, a maioria antes da primeira dose da vacina (26,15%). Após a primeira dose da vacina, ocorreram 23 casos (8,91%) da doença. Não houve casos graves ou necessidade de internação pela doença. As reações e efeitos adversos das vacinas foram leves, não tendo sido observados reações moderadas ou graves. A análise sorológica mostrou que os níveis de IgG proteína S foram significativamente maiores nos participantes que tiveram Covid-19 antes do estudo, no momento inicial e após a primeira dose da vacina. Porém, após a conclusão do esquema vacinal primário, níveis semelhantes de IgG proteína S foram identificados entre os participantes que tiveram e não tiveram Covid-19. Estes achados sugerem que a vacinação, além de segura, tem impacto na incidência e morbimortalidade da doença, e reforçam a importância de completar o esquema vacinal para atingir níveis maiores de proteção. No entanto, mais pesquisas e ensaios clínicos ainda são necessários para explorar sua eficácia, imunogenicidade e segurança a longo prazo. Assim, reitera-se a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso à vacinação para toda a população, além da conscientização e combate à desinformação, garantindo a ampliação da cobertura vacinal |