Perfil epidemiológico de mulheres que vivenciaram violências no período pandêmico da Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Machado, Thayná Janaina Gomides
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21805
Resumo: A presente pesquisa tem por objeto de estudo o perfil de mulheres que vivenciaram violência antes e durante a pandemia da Covid-19. Objetivos: Geral: Analisar o perfil epidemiológico das mulheres e as características das violências vivenciadas por elas fora e durante da pandemia da Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro. Específicos: Caracterizar comparativamente o perfil socioeconômico demográfico de mulheres do Estado do Rio de Janeiro que vivenciaram violências no período fora e durante a pandemia de Covid-19; Descrever comparativamente as características dos tipos de violências vividas por mulheres do Estado do Rio de Janeiro fora e durante a pandemia de Covid -19; Analisar as principais vulnerabilidades antes e depois da pandemia para a Covid -19 para a ocorrência da violência às mulheres do Estado do Rio de Janeiro considerando seu perfil sociodemográfico. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva, retrospectiva na abordagem quantitativa, com análise estatística de documentos governamentais obtidos na plataforma virtual do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro – ISP em relação à violência contra a mulher, com foco no período de 2019 a 2022, no estado do Rio de Janeiro. Dentre os dados disponibilizados pelo ISP optou-se por analisar as seguintes variáveis: a)Em relação à mulher vítima: raça/cor; faixa etária; escolaridade; dados econômicos; b)Em relação à situação da violência propriamente dita: tipo de violência, local da violência e o perpetrador. A amostra estudada contou com 280.310 ocorrências de violências as mulheres. Resultados: Foi possível identificar que o tipo de violência sofrida e o local de violência diferem dentre os grupos de maiores e menores de 18 anos. Identificou-se também que mulheres com baixo grau de escolaridade vivenciam mais violência do que mulheres com mais grau, assim como mulheres negras e pardas vivenciam mais violência do que mulheres brancas. Assim, foram elencadas seis categorias que apresentam gráfico e tabelas com os resultados obtidos, sendo elas: Distribuição da ocorrência de violência nos anos; Caracterização das agressões vivenciadas por mulheres maiores de 18 anos; Caracterização da relação das vítimas com os agressores com mulheres maiores de 18 anos; Caracterização das agressões vivenciadas por menores de 18 anos; Caracterização da relação das vítimas com os agressores com mulheres menores de 18 anos; e Análise comparativa dos dados. Conclusão: No estado do Rio de Janeiro, os dados demonstraram-se diversos, de acordo com faixa etária, localidade, escolaridade e cor da pele. A pandemia de Covid-19 gerou um impacto na população, aumentando a vulnerabilidade das mulheres vítimas de violências. Diante dos dados observa-se a necessidade da ampliação de estudos e debates acerca da violência contra a mulher e suas consequências, atingindo a base da educação de meninos e meninas. Ressalta-se também a urgência do desenvolvimento de novas pesquisas que venham avaliar o perfil do agressor, a percepção das mulheres que vivenciam violências e a qualidade da assistência prestada por unidades de saúde e instituições governamentais do setor de segurança no sentido de enfrentar esse fenômeno das violências.