Violência doméstica contra a mulher no período de isolamento social na pandemia de COVID-19: perspectiva da Enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Adriana Carla Feques Carvalho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18938
Resumo: Introdução: A violência doméstica apesar de sua origem milenar, tornou-se um dos mais graves problemas da contemporaneidade a serem enfrentados pela sociedade. Com a pandemia de COVID 19 e o isolamento social necessário, um dos impactos observados foi o aumento da violência doméstica. Objetivo: Analisar os fatores que aumentaram a vulnerabilidade feminina à violência doméstica no período de isolamento social durante a pandemia COVID-19. Método: Pesquisa quantitativa, transversal de caráter descritivo. A coleta de dados foi realizada por questionário, no período de out/2021 a fev/2022. A amostra foi aleatória com mulheres provenientes de mídias sociais: WhatsApp, Facebook e Instagram. Foram incluídas mulheres (cis ou transgênero), com idade maior ou igual a 18. Os dados foram computados, armazenados em software livre r versión 3.6.1. Aplicou-se um questionário em uma amostra com 208 mulheres. Resultados: Verificou-se que 81,7% das mulheres tinham ensino superior, 53,4% se autodeclararam brancas. Quanto a renda mensal familiar 69,5% tinha renda maior que 4.180,00. Sobre como era o relacionamento delas com seus(suas) parceiros (as), antes da quarentena, 84,6% informaram que tinham uma relação agradável, enquanto 2,1% referiram suas relações como desagradável, 4,6 % descreveram seus(suas) parceiros como nervosos e 1,5% informaram que ele só demostrava agressividade quando consumia bebida alcoólica. Quanto à percepção de alteração no seu relacionamento durante a pandemia, 45% informam ter percebido, 25% informaram impaciência e implicância com seus(suas) parceiros(as) e 2,3% relataram maior agressividade um com o outro. Tivemos o percentual de 4% das mulheres informando terem sofrido violência de seus (suas)parceiros(as), 52,6% afirmaram ter percebido mudanças no seu comportamento durante a quarentena, 30,6%. das mulheres perceberam-se mais tristes. Das mulheres que se sentiram impactadas pela pandemia em suas vidas e seus relacionamentos, 75,6% afirmaram que o tipo de impacto maior foi o emocional, seguido do social com 44%. Conclusão: Mulheres de todos os níveis educacionais enfrentam situações de violência, no entanto, as de maior nível de escolaridade, maior renda, brancas e com ocupação remunerada encontram-se menos vulneráveis a violência doméstica, pois possuem maior autonomia pessoal, recursos internos e externos que diminuem a tolerância às agressões. Ressalta-se a importância da capacitação profissional, do olhar atento e empático no atendimento às mulheres. E não menos importante a efetivação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulheres.