Entre o crime e o esporte: a capoeira em impressos no Rio de Janeiro, 1890-1960

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lussac, Ricardo Martins Porto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10406
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar por meio de fontes impressas como a capoeira existiu e de que formas atuou no Rio de Janeiro na primeira metade do século XX, procurando identificar os seus principais agentes neste período e as causas para a decadência do jogo-luta após a proclamação da República. Ao analisar as fontes impressas buscou-se entender como estas atuaram sobre a capoeira e seus respectivos agentes durante o período entre 1890 e 1960. As leis como fontes impressas oficiais tiveram um papel decisivo na dimensão criminal da capoeira. A repressão e seus respectivos procedimentos de punição constituíram forças no moldar da capoeiragem, gerando, por sua vez, mecanismos de contrapoder e proteção por parte dos capoeiras, mas, ao mesmo tempo, tendo profundo impacto nos processos pedagógicos do jogo-luta. As reformas urbanas contribuíram negativamente para o desenvolvimento da capoeira, cortando as relações estabelecidas que dependiam ou tinham os seus antigos locais de atuação como fator espacial de seus vínculos e operações sociais. Por sua vez, os desterros, assim como o futebol, também contribuíram para a decadência da capoeiragem na primeira metade do século XX. Por meio das fontes impressas foi possível constatar que uma das formas lúdicas da capoeira como prática popular ocorria nos batuques e nas batucadas, expressões que possuíam aspectos rituais e musicais específicos e conjuntos com o samba. A capoeira como prática esportiva foi fortemente influenciada pelos guias e métodos. Os esportistas capitanearam o processo de esportivização da capoeira no Rio de Janeiro, ao contrário da Bahia, onde os mestres da cultura popular da capoeira participaram ativamente deste processo. Por meio desta investigação foi possível entender que, no Rio de Janeiro, ao longo da primeira metade do século XX, a capoeira como prática popular, e seus respectivos agentes, estiveram entre a criminalização e a estigmatização de sua manifestação cultural, e a prática do jogo-luta como esporte. Buscando o reconhecimento como uma prática esportiva e se manifestando como uma prática popular, estiveram entre o crime e o esporte