A favela nos jornais: o processo de pacificação nas comunidades cariocas
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17599 |
Resumo: | Desde 1950 a favela é um tema importante para academia. Ao longo das últimas seis décadas, as comunidades e a compreensão que se tem das mesmas passaram por inúmeras transformações. Ao mesmo tempo em que as favelas se construíam e se modificavam, na própria academia diversas teorias eram elaboradas para melhor discutir sobre as relações desiguais presentes na sociedade. Dentre elas haviam a teoria da marginalidade, a teoria da cultura da pobreza e o Pós-Colonialismo que debatiam a relação entre marginais, pobres e subalternos com o grupo dominante da sociedade. A partir da década de 2000 a realidade da favela começa a se alterar na cidade do Rio de Janeiro com a implementação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Tais unidades constituem um programa de segurança pública do governo estadual que objetiva a retomada permanente de comunidades dominadas pelo tráfico e a transformar a relação entre asfalto e morro com os princípios da polícia de proximidade e a ideia de “pacificação”. O processo de pacificação das favelas do Rio de Janeiro foi acompanhado pela mídia que, a princípio, defendeu o mesmo. Nos primeiros anos após a instalação das unidades, a imagem transmitida pela mídia foi de um processo regido por paz e estabilidade. No entanto, mais recentemente a cobertura passou a retratar conflito e instabilidade, com diversos confrontos entre traficantes e policiais em comunidades até então consideradas “pacificadas”. Será dentro desse contexto de pacificação que este estudo se construirá. A partir de discussões teóricas baseadas sobretudo, nas teorias da marginalidade, da pobreza e pós-colonial, e também de uma construção histórica da favela, ambicionamos compreender como o processo de pacificação foi representado pelos jornais cariocas e qual a sua relação com a condição marginal das favelas. A hipótese principal a ser testada é de que a transformação da cobertura da mídia, a partir do processo de pacificação, construiu distintas imagens das favelas. Antes da pacificação, as comunidades seriam percebidas e representadas pelos meios de comunicação como espaços de violência e pobreza, em uma visão quase monolítica. Contudo, com a implantação das UPPs, esta imagem sobrevém a se pluralizar, percebendo-se novas tendências na cobertura midiática das favelas cariocas, como a maior disposição em noticiar as comunidades pacificadas e aquelas da zona sul. |