Asilo e hospitalidade: sujeitos, política e ética do encontro
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9363 |
Resumo: | O encontro é a cena diádica em que a reconhecibilidade será condição para o direito à hospitalidade. Quando o solicitante de refúgio e o oficial de elegibilidade do Comitê Nacional para Refugiados se encontram, instaura-se uma relação intersubjetiva em que se coloca a questão não da determinação do status de refugiado, mas do reconhecimento da condição de refugiado para, em seguida, decidir-se a forma da hospitalidade, do direito de asilo. A análise do tema a partir do encontro permite ressignificar os elementos do artigo primeiro da Lei n.º 9.474/1997, passando-se de uma crítica do indivíduo a uma análise sobre a emergência do sujeito; de um procedimento de determinação de status para um processo de reconhecimento da condição de refugiado; de uma compreensão da hospitalidade não apenas como direito ao asilo, mas como hospitalidade de encontro, marcada pelo antagonismo e pela ambivalência do encontro. O encontro demanda um duplo reconhecimento, do outro e de si, que prepara uma ética a partir dessa mútua afetação, um modo de relacionar-se com o outro baseado na potencialidade da ruptura identitária e seus atributos como abertura para um novo olhar sobre o refugiado. O encontro acontece quando não se conhece o outro, mas o seu reconhecimento entra em questão. Nesse momento, há um hiato sobre o que o estrangeiro fala e o que o entrevistador escuta. A tomada de atitude diante dessa distância é uma resposta ao familiarmente estranho com o qual ambos se encontram. A experiência-limite do limite é o que marca o refugiado e a luta para ser sujeito é o refugium que habita todo indivíduo. |