Qualidade da medida de espessura muscular do quadríceps femoral obtida pela ultrassonografia: revisões sistemáticas e metanálise
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18341 |
Resumo: | A ultrassonografia vem sendo utilizada para determinar a espessura muscular em estudos de treinamento contrarresistência. Sua simplicidade operacional, baixo custo quando comparado a outros métodos e sua facilidade de avaliação de imagens a torna muito atraente nos ambientes de laboratório, clínicas e clubes desportivos. Entretanto, é necessário determinar a qualidade da medida para que o efeito de uma intervenção possa ser atribuído principalmente ao tratamento e menos ao erro da medida. Dessa forma, a presente dissertação foi dividida em dois estudos de revisão complementares. O estudo 1 teve como objetivo determinar a validade, confiabilidade e erro da medida da espessura muscular do quadríceps femoral obtida pela ultrassonografia em adultos saudáveis. Foi realizada uma busca nas bases de dados Pubmed, Web of Science e Scopus até abril de 2022. O risco de viés foi determinado usando a ferramenta COSMIN. Vinte e sete estudos foram elegíveis para revisão. A espessura muscular do quadríceps femoral obtida pela ultrassonografia foi válida, confiável e possuiu baixos erros de medida em adultos saudáveis. A média ponderada do erro relativo foi de 6,5%. O estudo 2 teve como objetivo determinar a magnitude e o tempo de intervenção do treinamento contrarresistência necessários para gerar adaptações na espessura muscular do quadríceps obtida pela ultrassonografia em adultos saudáveis. Foi realizada uma busca nas bases de dados Pubmed, Web of Science e Scopus até março de 2022. A qualidade metodológica dos estudos foi determinada com a escala TESTEX e o risco de viés foi determinado usando a ferramenta RoB 2.0 da Cochrane. Para a metanálise foi utilizado o inverso da variância com modelo de efeito fixo, relatado pela diferença média padronizada (DMP) com intervalo de confiança de 95%. Dez estudos foram elegíveis para metanálise. A análise geral dos estudos demonstrou uma DMP = 0,35 [IC 95%: 0,13 - 0,56] (P = 0,002), com baixa heterogeneidade de I2 = 0% (P = 0,52). Nenhum viés de publicação foi detectado usando o gráfico de funil seguido pelo teste de Egger (P = 0,06). O grau de certeza da metanálise foi alto de acordo com a ferramenta GRADE. O treinamento contrarresistência gerou um aumento médio significativo de 16,6% na espessura muscular do quadríceps femoral obtida pela ultrassonografia em adultos saudáveis. Entretanto, só foi observado tamanho de efeito significativo após 8 semanas de intervenção. Protocolos com intensidades de 70 a 80% de 1RM, com intervalos de 60 a 90 segundos entre as séries e realizados de 2 a 3 vezes por semana obtiveram melhores resultados na variável desfecho. A partir dos estudos 1 e 2, conclui-se que a magnitude do erro relativo da espessura muscular de 6,5%, encontrado no estudo 1, foi menor do que a magnitude do efeito do treinamento contrarresistência na espessura muscular de 16,6%, encontrada no estudo 2. Dessa forma, a ultrassonografia pode ser utilizada para monitorar as modificações na espessura muscular do quadríceps femoral de adultos saudáveis derivadas do treinamento contrarresistência. |