O bem e o self: um estudo sobre a ontologia temporalizada da moral de Charles Taylor a partir do problema da motivação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pereira, Taís Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Bem
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12202
Resumo: A presente dissertação de mestrado parte da defesa da motivação moral como matéria filosófica a despeito dos impasses que ela mesma suscita através da pergunta o que nos leva a ser, agir e pensar de um determinado modo e não de outro? tendo em vista as discussões contemporâneas em filosofia moral e política. Se por um lado os debates acerca do multiculturalismo, dos direitos humanos, do nacionalismo e mesmo em nossa própria conduta cotidiana, nos abrem para a diversidade dos motivos e formas de vida a eles atrelada, por outro lado, cada vez mais tal problema perde força em nossas investigações. Com efeito, a teoria de Charles Taylor não apenas parece ser apropriada ao tema da motivação, como igualmente o toma a partir de uma abordagem filosófica diferente. Tal abordagem consiste, e é o que será defendido ao longo do trabalho, em uma ontologia temporalizada da moral marcada pelo próprio conflito na articulação de bens. Isso significa que as motivações têm de envolver considerações ontológicas acerca do homem, do mundo e da sua relação com o mundo, através da relação entre o bem e o self. Uma relação que não se esgota em um sujeito e/ou comunidade que detém valores específicos, mas que considera o bem como conceito imprescindível para um self que compartilha uma realidade moral com outros selves. Self este que é um avaliador forte, pois em seus pensamentos, ações e decisões ele sempre está hierarquizando bens, os quais não são arbitrários, mas constituem um pano de fundo publicável na articulação de conceitos morais. Assim, há, nesta dissertação, uma defesa em prol de uma diferenciação entre a noção de bem tal como Taylor entende em seus escritos e o que é geralmente tomado como valor (subjetivo) nas discussões em ética e política contemporâneas, possibilitando, então, uma nova forma de interpretar o realismo moral desse autor, além da dicotomia justo x bem.